x
UAI
perigo!

Vídeo: Motociclista com gesso pilota moto com cabo de vassoura

Veja as infrações de trânsito que o condutor pode ter cometido ao pilotar com o pé imobilizado e usar um improviso arriscado em uma rodovia movimentada

Publicidade
Motociclista com a perna engessada realiza trocas de marcha com a ajuda de um cabo de vassoura
Motociclista com a perna engessada realiza trocas de marcha com a ajuda de um cabo de vassoura Foto: Reprodução

Um flagrante inusitado chamou atenção nas redes sociais neste fim de semana, um motociclista foi filmado circulando pela Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, utilizando um cabo de vassoura para trocar as marchas da moto. O motociclista estava com a perna esquerda engessada, justamente a que é utilizada para realizar as trocas de marcha.

O vídeo, registrado no sábado (12), mostra o condutor e seu garupa de capacete trafegando normalmente pela via expressa, com o pé imobilizado apoiado no apoio lateral da moto e o cabo de vassoura preso à perna servindo como uma espécie de extensão para alcançar a alavanca de marchas. A cena rapidamente viralizou, dividindo opiniões nas redes: enquanto alguns destacaram a engenhosidade do motociclista, outros alertaram para o perigo da prática e as possíveis leis de trânsito infringidas.

Do ponto de vista do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a ação configura diversas possíveis infrações, sendo elas:

  • Dirigir veículo sem estar com as condições físicas e mentais adequadas à segurança do trânsito – Infração gravíssima, conforme o artigo 162, inciso I do CTB, com multa e sete pontos na carteira.

  • Conduzir veículo em mau estado de conservação ou com adaptações irregulares – Infração grave, segundo o artigo 230, inciso XVIII.

  • Conduzir veículo sem possuir habilitação compatível com o uso de equipamentos adaptados, quando necessário, pode configurar também infração gravíssima, se não autorizado previamente pelo Detran.

Outro ponto importante é que, no Brasil, condutores com limitações físicas devem passar por avaliação médica e, se necessário, adaptar seus veículos conforme especificações técnicas autorizadas pelo Detran. Qualquer alteração fora desses parâmetros pode resultar em penalidades, incluindo retenção do veículo e até cassação do direito de dirigir.

Apesar da criatividade da solução improvisada, especialistas em segurança nas vias alertam que o recurso compromete a dirigibilidade da moto e pode aumentar significativamente o tempo de resposta em situações de risco, colocando em perigo não apenas o condutor, mas também outros usuários da via.

Até o momento, o motociclista não foi identificado, e não há confirmação de autuação por parte das autoridades. A Guarda Municipal do Rio informou que tomou conhecimento do caso, mas ainda não se pronunciou oficialmente.