Rivais na final da Copa do Mundo 2022, marcada para as 12h deste domingo (18), Argentina e França mantêm laços estreitos na indústria automobilística. Afinal, os torcedores de Messi também são fãs dos carros originários do país de Mbappé: vários desses modelos alcançaram enorme sucesso comercial por lá e acabaram permanecendo em produção ao longo de décadas.
Argentina e França: 5 carros europeus idolatrados no país latino
Deu até para fazer um listão: o VRUM enumerou 5 carros franceses que conquistaram o coração dos argentinos. Na relação, há modelos de diferentes marcas e períodos históricos. Confira!
1- Renault Kangoo
No Brasil, o Kangoo teve vendas discretas e acabou saindo do mercado, embora a Renault tenha planos de relançá-lo. Entretanto, na terra da seleção alviceleste, a história do modelo é bem diferente: por lá, o utilitário está em produção ininterruptamente desde 1999. Uma segunda geração estreou na Argentina em 2018, porém não mais baseada no similar originário da França, e sim no romeno Dacia Dokker.
A gama local do Renault Kangoo inclui a configuração Express. para transporte de carga, e três versões para passageiros, que podem ter motor a gasolina ou a diesel. Há ainda um modelo com propulsão elétrica, que todavia é importado. Essa diversidade de opções faz com que o utilitário frequentemente figure entre os 10 automóveis mais vendidos do país. A produção local já ultrapassa as 420 mil unidades.
Assista ao vídeo e relembre o último Renault Kangoo vendido no Brasil:
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2- Renault 4
De certo modo, o Renault 4 está para os "hermanos" assim como o Fusca está para os brasileiros. É que, na década de 1970, o modelo era um dos mais acessíveis do mercado local, atrás apenas do Fiat 600. Consequentemente, tornou-se figura comum nas ruas e ajudou a motorizar país. De tão popular, ganhou até apelido: "La Renoleta". Entre os proprietários, está ninguém menos que o Papa Francisco!
O início da fabricação do Renault 4 na Argentina data 1963, apenas dois anos após o lançamento na França. Acessível, funcional e robusto, o modelo permaneceu no mercado por mais de duas décadas, até 1987. A produção ultrapassou a marca de 220 mil veículos, incluindo a versão Furgoneta.
3- Renault 12
O Renault 4 fez muito sucesso, mas o modelo 12 foi um verdadeiro fenômeno. A produção durou exatamente 24 anos, entre 1970 e 1994: no início da década de 1980, o sedan foi líder de vendas no país vizinho. A fabricação atingiu um total de mais de 440 mil veículos, número gigantesco em relação às características do mercado local. A gama teve também uma configuração perua.
Entre as qualidades do projeto, estavam o bom espaço interno em relação ao porte, o preço acessível e a mecânica resistente e fácil de manter. Graças a essas características, o Renault 12 vendeu bem não apenas na Argentina e na França, mas também em vários outros países. O modelo não chegou ao Brasil, mas compartilhou a plataforma e a mecânica com o Ford Corcel.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre o Ford Corcel, "primo" brasileiro do Renault 12:
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4- Peugeot 504
Se você já fez uma viagem à Argentina, é bem possível que tenha tido contato com esse autêntico carro da França. É que, entre as décadas de 1980 e 2010, o Peugeot 504 dominou a frota de táxis de Buenos Aires. Ainda hoje, é possível ver um ou outro exemplar circulando pelas ruas da cidade portenha.
Os taxistas da capital da Argentina idolatravam esse craque da França devido à fama de durabilidade. Mas o Peugeot 504 fez sucesso também entre o público geral. A produção durou 30 anos, de 1969 a 1999, e atingiu mais de 400 mil unidades: o mais comum é o sedan, mas houve ainda a perua e a Pickup, sendo que essa última chegou a ser importada para o Brasil.
5- Citroën 2CV
Se a Argentina e a França têm uma unanimidade, ela é o Citroën 2CV. O carrinho é um ícone mundial, devido à mecânica simples e à suspensão independente nas quatro rodas, ideal tanto para os pisos irregulares da Europa no período do pós-guerra quanto para as malconservadas estradas sul-americanas. As vendas no país vizinho chegaram a cerca de 100 mil veículos, incluindo as versões Furgoneta e Sahara.
A história do Citroën 2CV na Argentina começa em 1960, praticamente junto com a da própria indústria automobilística do país. Em 1969, a adoção de um motor mais potente fez o modelo ser rebatizado de 3CV. A produção foi até 1979, quando a marca francesa fechou a fábrica local. Porém, uma operação de montagem, com peças importadas, prosseguiu até 1982. A multinacional acabou retornando em 1997.