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energia limpa

Carro elétrico brasileiro polui menos que o chinês, aponta estudo

Levantamento da Anfavea e BCG mostra que veículos elétricos no Brasil emitem menos da metade do CO? gerado na China, graças à matriz elétrica quase 90% renovável

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Eletrificação pode ser um passo importante para a descarbonização
Eletrificação pode ser um passo importante para a descarbonização Foto: Internet / Reprodução

O Brasil acaba de conquistar uma posição de destaque no cenário global da mobilidade elétrica. Um estudo inédito realizado pela Anfavea em parceria com a consultoria Boston Consulting Group (BCG) mostra que o país tem hoje uma das menores pegadas de carbono do mundo na produção e no uso de veículos elétricos.

Segundo o levantamento “Caminhos da Descarbonização: A Pegada de Carbono no Ciclo de Vida do Veículo”, um automóvel 100% elétrico produzido e utilizado no Brasil emite cerca de 14,2 toneladas de CO? ao longo de todo o seu ciclo de vida, da extração de matérias-primas à fabricação, uso e descarte. Na China, esse número chega a 33,5 toneladas, mais que o dobro.

BYD Dolphin é 100% elétrico
BYD Dolphin é 100% elétrico Foto: Divulgação/BYD

A diferença se explica principalmente pela matriz energética brasileira, formada por quase 90% de fontes renováveis, como hidrelétricas, parques eólicos e usinas solares. Enquanto isso, em países com alta dependência de combustíveis fósseis, como a China, boa parte da energia que abastece as fábricas e os carregadores de veículos ainda vem do carvão.

O relatório também revela que, no Brasil, a fase de uso de um carro elétrico representa apenas 19% das emissões totais de CO?, uma taxa muito inferior à registrada em mercados desenvolvidos. Além disso, o estudo projeta que a pegada de carbono dos elétricos nacionais pode cair ainda mais, até 36%, com a ampliação do uso de materiais sustentáveis, da reciclagem de baterias e da eficiência nos processos produtivos.

Para a indústria automotiva, os dados confirmam que a eletrificação no Brasil é ambientalmente efetiva, e não apenas uma tendência global. A vantagem estrutural do país pode atrair novos investimentos, acelerar políticas públicas voltadas à descarbonização e fortalecer o discurso das montadoras que apostam em modelos elétricos e híbridos.