A Renault está em negociações com a chinesa Chery para criar uma parceria estratégica na América do Sul, que inclui a possibilidade de produzir veículos localmente utilizando as plantas da fabricante francesa na região. A proposta é aproveitar a infraestrutura existente para fabricar modelos com motor a combustão, bem como explorar potencial para veículos híbridos plug-in.
Na Colômbia, a Renault estuda utilizar a fábrica de Envigado para produzir os veículos em conjunto com a Chery. Já na Argentina, há estudos para instalar linhas de produção de picapes híbridas plug-in na unidade de Córdoba. Alguns modelos poderiam sair com o emblema Renault, enquanto outros manteriam a marca Chery.
Apesar das negociações avançadas, nenhuma das empresas detalhou valores, lista de equipamentos ou informações técnicas sobre os modelos que poderiam ser produzidos. Até o momento, não há confirmação oficial sobre quais produtos serão fabricados, nem sobre investimentos ou prazos para o início da produção.
A parceria, caso se concretize, pode trazer benefícios estratégicos para ambas as marcas. Para a Renault, seria uma forma de reduzir custos de instalação e ampliar o portfólio na região. Para a Chery, representa oportunidade de expansão internacional e consolidação no mercado sul-americano, inclusive com produtos híbridos ou elétricos.
No entanto, existem riscos e desafios, como regulamentações locais, barreiras tarifárias e a necessidade de adaptar fábricas existentes para atender aos padrões de qualidade e segurança de ambas as marcas.
Se realizada, a aliança entre Renault e Chery pode reconfigurar a competição na América do Sul, impactando preços, oferta de modelos e estratégia de produção, mas ainda há muitas incertezas a serem resolvidas antes de qualquer anúncio oficial.
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