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Tarifaço de Trump derruba lucro da Jaguar Land Rover em mais de 9%

Lucro e receita da montadora britânica despencam com tarifas nos EUA e queda nas vendas, mas JLR mantém projeções para 2026

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Donald Trump
Donald Trump Foto: Reprodução

O impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos atingiu em cheio o desempenho financeiro da Jaguar Land Rover (JLR) no trimestre encerrado em 30 de junho de 2025. A montadora britânica registrou queda de aproximadamente 9% na receita, para £6,6 bilhões, enquanto o lucro antes de impostos despencou quase pela metade, de £693 milhões no mesmo período de 2024 para £351 milhões. O lucro líquido também recuou 51%, de £502 milhões para £248 milhões.

O principal fator para a retração foi a tarifa total de 27,5% aplicada em abril sobre veículos importados pelo mercado norte-americano, que elevou os custos e levou à suspensão temporária das exportações para os EUA. A medida afetou diretamente as vendas, especialmente de modelos de alto valor agregado como Range Rover e Defender.

Novo logo da Jaguar
Novo logo da Jaguar Foto: Divulgação/Jaguar

Outro ponto de pressão veio da transição da Jaguar para uma linha 100% elétrica, que levou à descontinuação de alguns modelos e contribuiu para a queda no volume comercializado. Apesar do cenário adverso, a JLR reafirmou sua projeção para o ano fiscal 2026, com margem EBIT entre 5% e 7% e fluxo de caixa livre praticamente neutro.

A empresa espera que acordos comerciais recentes entre Reino Unido e Estados Unidos, que reduzem a tarifa para 10% nos primeiros 100 mil veículos britânicos exportados por ano, aliviem parte da pressão a partir dos próximos trimestres. No campo interno, a montadora anunciou um corte de cerca de 500 cargos de gestão no Reino Unido, equivalente a 1,5% da força de trabalho local, como medida para reduzir custos.

Parte lateral externa do Jaguar Type 00
Parte lateral externa do Jaguar Type 00 Foto: Divulgação: Jaguar

A JLR também terá mudança na liderança: PB Balaji, atual diretor financeiro da Tata Motors, assumirá como CEO em novembro no lugar de Adrian Mardell, com a missão de conduzir a marca pela transição elétrica e recuperar a performance financeira no mercado global.