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Polêmica!

Governo muda regra de importações e tenta agradar BYD e outras fabricantes

Comitê executivo anunciou na última quarta-feira novo cronograma tarifário para tentar agradar os dois lados

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Lula e Alckmin participaram da cerimônia de regulamentação do Programa Mover, em Brasília
Lula e Alckmin participaram da cerimônia de regulamentação do Programa Mover, em Brasília Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As polêmicas do setor automotivo nas últimas semanas foram a carta enviada pelos representantes de Toyota, GM, Volkswagen e Stellantis, bem como a a resposta da BYD, chamando as fabricantes tradicionais de dinossauros e ultrapassados. Na última quarta-feira o governo divulgou novas medidas para tentar agradar os dois lados, bem como a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Segundo o último parecer do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), o aumento do imposto para importação de veículos eletrificados desmontados (CKD) passará a ser de 35% a partir de janeiro de 2027, 17 meses antes do inicialmente previsto. 

Para compensar, a BYD (e as demais fabricantes) terão mais seis meses com alíquota de importação zerada para trazer veículos desmontados ou semidesmontados, em um somatório de 463 milhões de dólares (R$ 2,5 bilhões).

No pronunciamento oficial, o Gecex afirmou que busca adequar a política tarifária aos investimentos esperados para os próximos anos no setor automotivo do país. 

Vale lembrar que a BYD anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões no Brasil para realizar a produção de seus veículos na fábrica de Camaçari (BA), porém, os primeiros modelos são unidades que chegam semidesmontadas, ou completamente desmontadas da China. 

Por entender que há movimentação logística e geração de empregos nesse processo, a BYD pedia uma redução dos impostos de importação desses kits.