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Inovação

Entenda como funcionam os carros movidos a hidrogênio

Eles emitem apenas vapor de água e prometem unir mobilidade limpa à performance dos carros a combustão

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Caminhão da Toyota movido a hidrogênio
Caminhão da Toyota movido a hidrogênio Foto: Divulgação/Toyota

Com leis de emissões cada vez mais rigorosas a pressão por alternativas mais sustentáveis vêm ganhando espaço nas montadoras. Existe uma tecnologia promissora, ainda pouco conhecida por grande parte das pessoas, que também aposta na mobilidade sem emissões nocivas ao meio ambiente: os veículos movidos a hidrogênio.

Como funcionam?

Diferente dos carros a combustão tradicionais, os modelos a hidrogênio utilizam o gás como fonte de energia de duas maneiras principais: por meio de células de combustível ou por motores de combustão adaptados.

A tecnologia mais comum, e mais avançada, é a de célula de combustível “fuel cell”. Nesses veículos, o hidrogênio é armazenado em tanques de alta pressão que reage com o oxigênio do ar em uma célula, gerando eletricidade. Essa eletricidade alimenta um motor elétrico que impulsiona o carro, gerando um único resíduo, o vapor de água. 

Outra alternativa

Embora menos conhecidos, há também iniciativas que apostam em motores de combustão interna adaptados para queimar hidrogênio. E quem está liderando essa frente é a Toyota, que vem testando essa tecnologia em cenários de alta performance.

Um exemplo é o Toyota GR Corolla H2, um carro de corrida que mantém o motor a combustão, mas queima hidrogênio gasoso no lugar da gasolina. Ele foi testado na Super Taikyu Series, campeonato japonês de endurance, como parte do compromisso da marca de desenvolver múltiplos caminhos para a mobilidade limpa.

Toyota GR Corolla H2
Toyota GR Corolla H2 Foto: Reprodução

Quais são as vantagens?

Os carros a hidrogênio oferecem algumas vantagens interessantes:

  • Zero emissões locais (no caso das células de combustível);

  • Abastecimento rápido, semelhante ao de um carro a gasolina, geralmente leva menos de 5 minutos;

  • Alta autonomia, com modelos que podem ultrapassar os 600 km com um único abastecimento;

  • Boa performance, com aceleração suave e silenciosa, típica de veículos elétricos.

Por que ainda não deu certo?

Os veículos movidos a hidrogenio iriam passar pelo mesmo problema que os elétricos passaram, a falta de infraestrutura, há pouquíssimos postos de abastecimento de hidrogênio no mundo, e quase nenhum no Brasil.

Além disso, a produção de hidrogênio limpo (o chamado “hidrogênio verde”) ainda é cara e depende de fontes renováveis de energia, como solar e eólica.

Outro ponto é o custo dos veículos, que são muito mais caros do que modelos elétricos convencionais. Isso se deve à complexidade das células de combustível e aos materiais nobres envolvidos na produção.