A BYD anunciou, nesta quarta-feira (4), que processou 37 influenciadores por difamação e divulgação de fake news na internet. Em comunicado publicado no WeChat, rede social semelhante ao WhatsApp, a montadora chinesa informou que outras 126 pessoas estão "sob monitoramento interno" por supostamente divulgar conteúdo prejudicial.
"Acolhemos críticas da mídia e a supervisão pública, mas não toleraremos conteúdo difamatório ou falsas acusações", escreveu o gerente do Departamento de Branding e Relações Públicas da BYD, Li Yunfei. "As ações judiciais continuarão", prosseguiu.
Em nota, a BYD também declarou que continuará recompensando pessoas que denunciarem os perfis suspeitos de "mancharem" a imagem da fabricante de carros eletrificados. Os valores variam de 50 mil a 5 milhões de yuans (R$ 38.540 a R$ 385 mil, na cotação atual).
A montadora chinesa alega ser alvo de repetidos ataques online nos últimos anos, envolvendo informações falsas ou enganosas que, segundo ela, prejudicam a imagem de sua marca, perturbam a ordem do mercado e afetam negativamente o setor automotivo. Apesar de não mostrar provas, a BYD classifica esses incidentes como "organizados".
BYD ganhou processos
Segundo o site "CarNewsChina", a BYD já ganhou algumas ações na Justiça. Em um dos casos, um usuário do Weibo identificado como "Zhou Haoran Sean" foi considerado culpado de difamação após acusar a BYD de manipular influenciadores digitais para caluniar concorrentes. O Tribunal ordenou um pedido público de desculpas e o pagamento de 100.000 yuans (aproximadamente R$ 77 mil).
Uma conta do WeChat, chamada de "AutoBiBiBi", foi condenada a se desculpar e pagar 100.000 yuans em danos após postar conteúdo considerado insultuoso à BYD e seus executivos. Já outras duas contas da mesma rede foram penalizadas por falsas alegações sobre a segurança e a qualidade dos produtos da BYD - elas terão que pagar cerca de R$ 46 mil cada.
Segundo a fabricante, processos judiciais adicionais relacionados a casos semelhantes estão em andamento. Embora algumas decisões judiciais tenham validado as alegações legais da BYD, outras investigações permanecem em andamento.
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