As montadoras de carros europeias estão sofrendo em meio à transição para a mobilidade elétrica e o aumento da concorrência, sobretudo das fabricantes da China. Prova disso é que Porsche e Volvo anunciaram, recentemente, que vão precisar demitir funcionários para não sucumbir. Juntas, as empresas sediadas na Alemanha e Suécia planejam desligar 6.900 funcionários nos próximos anos.
Em fevereiro deste ano, a Porsche anunciou um "amplo programa de custos e redimensionamento", com previsão de 3.000 demissões até 2029. A justificativa da empresa alemã foi a "fase de transição significativamente mais longa para a mobilidade elétrica", segundo o CEO Oliver Blume. "O mundo mudou e estamos enfrentando uma tempestade feroz", acrescentou.
Já a sueca Volvo revelou, no último final de semana, que precisará desligar aproximadamente 3 mil pessoas. "Os cortes afetarão, principalmente, os cargos em escritórios na Suécia e representarão cerca de 15% do total da força de trabalho em escritórios em todo o mundo", comunicou a fabricante de veículos luxuosos.
A montadora explicou ainda que o número inclui cerca de 1.000 consultores, além de 1.200 funcionários na Suécia. Segundo a Volvo, o "plano de ação de custos e caixa" prevê uma economia de 138,5 milhões de euros (R$ 871 milhões, na cotação atual).
"A indústria automotiva está passando por um período desafiador. Para lidar com isso, precisamos melhorar nossa geração de fluxo de caixa e reduzir estruturalmente nossos custos", disse o CEO da Volvo, Håkan Samuelsson.
As duas empresas não são as únicas a passar por esta fase. Nos últimos meses, a Volkswagen chegou a comunicar que fechará fábricas e demitirá 35 mil funcionários. Já a Stellantis, dona de marcas como Fiat, Citroen e RAM, viu seu lucro cair em 70%.
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