O modelo CB 600 Hornet, que significa vespa em inglês, fez enorme sucesso no Brasil entre 2004 e 2014, quando subiu no telhado e saiu de linha. A demanda foi tanta, que em 2009, o país se tornou o maior mercado mundial da Hornet 600, entre todos os outros onde era comercializada, com produção de 7.271 unidades. Agora, está quase tudo pronto para a chegada da Honda Hornet 2023.
O anúncio, ainda em fins de 2021, na Itália, durante o Salão de Milão, que o modelo Honda Hornet seria ressuscitado, também pode ter ajustado a mira para o outro lado do oceano Atlântico, no Brasil. Em junho de 2022, a Honda divulgou novos sketches (desenhos indicativos) da Hornet, que deverá ser mostrada exatamente na Itália, durante o Salão de Milão, em novembro deste ano, já como modelo 2023.
Qual é a história da Honda Hornet?
A Honda Hornet 600 original nasceu em 1998, desenhada pelo departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (R&D) da filial italiana, com a bênção da matriz japonesa. Equipada com motor de quatro cilindros em linha herdado da superesportiva CBR 600RR, passou a ser montada em Manaus, Amazonas, a partir de 2004.
Com motor propositalmente à mostra, a naked Honda Hornet 600 entregava 96,5cv a 12.000rpm. A versão européia foi sendo modernizada, incorporando novas suspensões, motor mais potente com 102cv, novo escape de saída baixa, novo painel e freios ABS.
Em 2008, a Honda Hornet 600 brasileira finalmente engloba as melhorias e avanços e também passa a ser considerada a primeira moto nacional da marca equipada com injeção eletrônica de combustível. No visual, o farolzão redondo deu lugar a outro, com desenho assimétrico.
A Honda Hornet 600 continuou recebendo modernizações técnicas e de estilo até 2015. As complexas alterações no motor, exigidas pelas cada vez mais severas normas ambientais e de emissões, afetaram de tal forma o desempenho e ronco dos quatro cilindros em linha, seu maior cartão de visitas, que a inviabilizaram.
Substituição na linha da Hornet
A partir daí, a Honda Hornet 600 foi substituída pela CB 650F, também com motor de quatro cilindros em linha, porém, a potência baixou de 102cv para 87cv (para atender as normas), o quadro em alumínio passou a ser em aço, a suspensão dianteira deixou de ser invertida e o peso sobiu 18kg. A substituição deixou uma legião de viúvos.
O nome continua forte em todo o mundo, entretanto, as exigências ambientais são ainda mais severas. O desenvolvimento da nova Hornet também ficou a cargo do R&D italiano (em colaboração com o Japão), igualmente responsável, por exemplo, pelos modelos Africa Twin CRF 1100, CB 650R e X-ADV.
O designer Giovanni Dovis, líder do projeto, garante que a nova Hornet vai manter o DNA de agressividade e beleza mecânica das nakeds. Por outro lado, a nova Honda Hornet será o mais simples e funcional possível. As proporções serão compactas e leves, possibilitando agilidade e praticidade.
As linhas da nova Honda Hornet serão angulosas. A rabeta mais fina e inclinada para cima. A dianteira com farol “bicudo” multifacetado. E o motor? Adeus, bye bye, tchau aos quatro cilindros em linha que marcaram época e a tornaram um troféu cobiçado. Inclusive pelos amigos do alheio.
Provavelmente, será um dois cilindros em linha, ecologicamente mais correto, derivado do conjunto mecânico da Africa Twin (que já equipa a custom Rebel 1100 e estradeira NT 1100), reduzido para a faixa dos 800cm³, ou ainda o dois cilindros em linha que equipa as CB 500 F e X, majorado para 600cm³ ou 700cm³.
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