O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (28), que está criando um plano para aumentar a segurança dos motociclistas. Para elaborar as estratégias, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) convidou especialistas, gestores públicos, pesquisadores e representantes da sociedade civil para discutir e propor soluções concretas.
O Ministério dos Transportes, responsável pela Senatran, avisa que está preocupado com o aumento de mortes de motociclistas no trânsito. Dados do Datasus mostram que em 2023 houve 13.521 mortes de ocupantes de motos em sinistros. Somente em 2024, os custos com internações de motociclistas no SUS ultrapassaram R$ 257 milhões.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera formular o texto com normas e metas ainda nesta semana. A expectativa é que o plano seja uma espécie de Lei Seca, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas por parte dos motoristas. Desde sua implementação, a quantidade de mortes no trânsito relacionadas ao consumo de bebidas caiu 24%.
Assim, o plano deve focar em ações de fiscalização e de comunicação. "É uma estratégia de governança e midiática, para chamar a atenção", diz Adrualdo de Lima Catão, titular da Secretaria Nacional de Trânsito. "Quando a fiscalização orienta as pessoas, pode-se criar efeitos semelhantes aos da Lei Seca", acrescentou.
A redução do limite de velocidade e o uso de vias segregadas, como a faixa azul, são duas das propostas que podem aparecer no plano. Paralelamente, o governo lançou, recentemente, a CNH Social, programa com objetivo de aumentar a quantidade de habilitados no país.
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