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Honda Fit 2018: 10 observações antes da compra do usado

Apesar de fora de linha, monovolume continua valorizado e segue como boa opção de carro para quem precisa de espaço

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Na linha 2018, o Honda Fit passou por reestilização e ganhou mais conteúdo
Na linha 2018, o Honda Fit passou por reestilização e ganhou mais conteúdo Foto: Na linha 2018, o Honda Fit passou por reestilização e ganhou mais conteúdo

Eu poderia escrever até a Seleção Brasileira ser hexa sobre fatos que fariam qualquer mortal ter um Honda Fit. O monovolume compacto é um carro repleto de virtudes que fazem até quem não gosta dele considerá-lo em algum momento na garagem.

Isso porque, em seus 21 anos de história, o Honda Fit colecionou fãs pela sua versatilidade. Compacto, oferece espaço interno bem aproveitado. Ao mesmo tempo, é dono de uma mecânica eficiente e que corroborou a fama de carro que não quebra.

Honda Fit 1.5 modelo 2018 cinza escuro de lateral estático no calçamento
São 4,09m de comprimento, 1,69m de largura e 2,53m de distância entre-eixos

Prova disso é a valorização como usado, um dos muitos fatos positivos do Honda Fit. Isso mesmo depois de mais de um ano fora de linha, já que deixou de ser produzido em 2021, para abrir espaço para o City Hatchback.

Para desespero dos seus fãs, a quarta geração do compacto só deve vir em versão elétrica importada. Para matar a saudades, vamos destacar 10 fatos sobre o Honda Fit em sua derradeira geração brasileira. Acredite: entre muitas qualidades, tem alguns defeitos também. Confira, então, 10 fatos importantes sobre o Honda Fit antes de comprar um usado.

Honda Fit 1.5 modelo 2018 cinza escuro de traseira estático no calçamento
O desenho do monovolume divide opiniões, já que não é dos mais belos

1 – Trajetória de um modelo de sucesso

O Honda Fit foi lançado em abril de 2003 como o segundo modelo da marca produzido na unidade de Sumaré (SP) – inaugurada com o Civic. A estreia do monovolume se deu dois anos após sua apresentação global e no mercado brasileiro o carro passou a disputar o segmento conhecido como de compactos premium, com Citroën C3 e Volkswagen Polo.

Um dos primeiros fatos do Honda Fit brasileiro é que ele teve dois motores em suas primeiras fases: 1.4 e, posteriormente, 1.5 16V, com opções de câmbio manual ou automático CVT. Em 2006, passou pela sua primeira reestilização e, naquele mesmo ano, o propulsor menor passou a ser flex.

Em 2008, a Honda lançou a segunda geração do Fit. Os motores foram mantidos, mas a caixa CVT deu lugar a uma transmissão automática convencional com cinco marchas. Em 2012, passou por uma remodelação, e, no ano seguinte, teve direito a uma versão aventureira Twist.

A terceira geração apresentada em 2014 foi marcada pela adoção de motor único 1.5 – agora sem tanquinho extra de gasolina para auxílio às partidas a frio – e pelo retorno do câmbio continuamente variável. No último movimento, a reestilização da linha 2018, o Honda Fit ganhou controles de estabilidade de série e toda a linha.

Em 2019, a produção do Honda Fit foi finalmente transferida para a fábrica de Itirapina (SP), unidade pronta, porém, fechada, por três anos. Mas o monovolume durou pouco na nova casa. No fim de 2021, se despediu do país para dar lugar ao City hatch após mais de 600 mil unidades produzidas.

Honda Fit 1.5 modelo 2018 cinza escuro interior painel bancos estático no calçamento
Com acabamento honesto, o Honda FIt se destaca pelo espaço interno

2 – Espaço interno é um dos destaques do Honda Fit

Talvez o mais importante dos fatos sobre o Honda Fit. Na régua, são 4,09 metros de comprimento, 1,69m de largura e 2,53m de distância entre-eixos. O carro parece pequeno por fora, mas aquele jeito de bolha esconde uma cabine espaçosa e versátil. Muito provavelmente a melhor pensada dentro da categoria de compactos neste século.

Na frente, motorista e carona têm bastante espaço para as pernas. No banco traseiro, três adultos normais conseguem se acomodar numa boa. O túnel da transmissão discreto deixa o assoalho ali atrás quase plano.

3 - Magic seat é a grande sacada do monovolume

O Honda Fit, desde a primeira geração, ainda vem com soluções inteligentes em prol da habitabilidade. O sistema Magic Seat – antes chamado ULT (Utility, Long and Tall) – permite que o encosto traseiro, quando rebatido, fique praticamente plano e vire uma continuação do porta-malas.

Ao mesmo tempo, é possível deitar totalmente os bancos dianteiros. Desse jeito e com a retirada dos apoios de cabeça, eles se integram aos traseiros para se transformar em duas (quase) camas.

4 – Conforto e boa posição de dirigir

Um dos destaques do Honda Fit. Além desta funcionalidade no interior, o monovolume da marca japonesa tem bancos que proporcionam firmeza e conforto durante as viagens.

A posição de dirigir é ergonômica e funcional. O acabamento interno é apenas correto e o isolamento acústico, mesmo aprimorado neste Honda Fit 3, falha em velocidades mais altas.

Lugar para soltar as quinquilharias do motorista não falta a bordo do Honda Fit. O porta-copos elevado, ao lado esquerdo do volante, quando fechado, vira um porta-celular. Tem até dois porta-luvas: o tradicional e um extra na parte superior do painel.

Por fim, o espaço para bagagens tem volume de 363 litros em configuração normal. Leva bem até malas grandes e carrinhos de bebê

5 - Mas a suspensão do monovolume…

O acerto da suspensão traseira melhorou bastante nesta terceira geração. Mesmo assim, o jogo por eixo de torção ainda bate meio duro nos buracos. Já a calibragem da suspensão dianteira reflete muito as imperfeições da pista no volante.

6 - Desempenho pacato, sem entusiasmo

O desempenho do Honda Fit em si também privilegia o conforto. O motor 1.5 16V de 116cv (e)/115cv (g) e torque máximo de 15,3kgfm (e)/15,2kgfm (g) a 4.800rpm se traduz em performance competente e satisfatória na cidade. Um dos fatos relevantes do Honda Fit é justamente o baixo consumo de combustível, porém, sem qualquer dose de emoção.

O câmbio automático do tipo continuamente variável reforça essa proposta. A caixa CVT evolui de forma gradual, segura bem os giros e é extremamente discreta. Mas observe as transmissões de determinadas linhas do Fit, como veremos a seguir.

Para quem curte ter mais interação com o carro, mesmo tratando-se de Honda Fit, o compacto teve opções com câmbio manual. São difíceis de achar e de vender, por isso mesmo, menos valorizadas no mercado de usados.

Honda Fit 1.5 modelo 2018 cinza escuro cofre do motor estático no calçamento
O motor 1.5 16V gera potências de 116cv (e)/115cv (g) e torques de 15,3kgfm (e)/15,2kgfm (g) a 4.800rpm

7 - Boa dica para quem quer comprar um Honda Fit: modelo 2018

Uma boa pedida é o Honda Fit 2018 na versão EXL. Já adotou a última reestilização, com mudanças nos para-choques, na grade dianteira, nos faróis e nas lanternas, que passaram a ter luzes de LED.

Além disso, toda a gama passou a oferecer controles eletrônicos de estabilidade e tração. Com preços no segmento de usados entre R$ 81 mil e R$ 87 mil, o Honda Fit 2018 EXL é o mais completo.

No caso, oferece na segurança também seis airbags, câmera de ré, luz de condução diurna e assistente à partida em rampas. Além do trivial em equipamentos de conforto, o Honda Fit EXL 2018 tem ar-condicionado automático, bancos com revestimento em couro e rebatimento elétrico dos retrovisores.

A transmissão CVT no caso desta versão topo de linha vem com sete marchas simuladas e trocas sequenciais em aletas no volante. A central multimídia também foi uma das novidades da linha 2018 do Honda Fit, com tela de sete polegadas, conexão com Android Auto e Apple CarPlay e GPS integrado.

8 – Veja como são os custos de manutenção do Honda Fit

O Fit carrega aquela imagem da Honda de carro que não quebra. Entre os mecânicos, também tem fama de carro com manutenção simples.

Além disso, donos do monovolume costumam ser zelosos com o modelo e priorizam a manutenção nas concessionárias. E a Honda oferece revisões com preço fixo depois dos 60 mil quilômetros.

Contudo, as revisões oficiais não são baratas. Confira o custo de algumas manutenções do Honda Fit 2018 na rede:

  • 50.000Km ou 5 anos: R$ 729,14
  • 60.000Km ou 6 anos: R$ 1.917,58
  • 70.000Km ou 7 anos: R$ 729,14
  • 80.000Km ou 8 anos: R$ 2.584,13

As peças, por sua vez, não são tão caras no mercado geral. Porém, componentes originais são mais salgados e podem ser comprados no site da marca. Veja os preços:

  • Jogo de pastilhas de freio dianteiro: R$ 598,62
  • Kit com quatro velas de ignição: R$ 568,68
  • Kit troca de óleo (5 litros 0W20 Pro Honda): R$ 396,25
  • Filtro de óleo: R$ 63,27
  • Dois amortecedores traseiros: R$ 845
  • Farol dianteiro: R$ 2.028,59
  • Para-choque traseiro: R$ 1.330,24

Honda Fit 1.5 modelo 2018 cinza escuro roda de liga leve estático no calçamento
A versão EXL do Honda Fit 2018 tem rodas de liga leve

9 - Principais problemas do monovolume

Apesar da boa fama ser um dos fatos importantes do Honda Fit, em grupos de discussão e no site do Reclame Aqui também há queixas comuns em relação ao compacto. Uma das reclamações diz respeito ao surgimento de pontos de oxidação e bolhas no capô.

Veja também se ha dificuldades em dar partida no motor. O Fit também apresenta problemas no sistema de ignição e no arranque.

Por fim, fuja de unidades do Honda Fit com trancos excessivos na transmissão automática. São frequentes relatos de problemas no câmbio CVT.

10 – Confira os recalls que já foram feitos para o modelo

Os dois recalls do último Honda Fit foram feitos para substituição do tanque e troca do sensor do tanque de combustível de unidades produzidas entre 2014 e 2015.

O Honda Fit saiu de linha e em seu lugar entrou o City Hatchback. O VRUM testou o modelo!

https://youtu.be/paWLCWOrbD0

Confira os vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion: lançamentos, testes e dicas