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Honda Fit 2008: 10 fatos sobre o usado com preço a partir de R$ 35 mil

Primeira geração do compacto conquistou legião de fãs com espaço interno otimizado e durabilidade mecânica

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Design não era o ponto forte do Honda Fit, mas modelo tem sua legião de fãs
Design não era o ponto forte do Honda Fit, mas modelo tem sua legião de fãs Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

Calma que não é replay. A gente já falou de fatos sobre o Honda Fit como boa dica de usado, sim. Mas o compacto é tão cobiçado no mercado de veículos de segunda mão que vale dissecar de novo o monovolume, desta vez em sua primeira geração. E especificamente do último ano desta fase: 2008.

O modelo foi lançado no Brasil, onde foi fabricado por 21 anos seguidos. Na primeira leva, o Honda Fit foi vendido entre 2003 e 2008, e colecionou uma legião de admiradores devido ao seu espaço interno versátil, à robustez mecânica e à fama do pós-venda eficiente da marca japonesa. Veja agora 10 fatos sobre o Honda Fit 2008.

Honda Fit 1.4 flex modelo 2007 cinza de lateral estático no calçamento
Modelo tem 3,87m de comprimento e 2,45m de distância entre-eixos Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

1 – Um pouco da trajetória do monovolume compacto

O primeiro Honda Fit foi lançado em 2001 no Japão. No ano seguinte, estreou na Europa e nos Estados Unidos, onde usa o nome de Jazz. No Brasil, a história do compacto começou em 2003, quando passou a ser produzido em Sumaré (SP), na unidade da montadora japonesa onde já era feito o Civic.

As vendas se iniciaram em abril daquele ano e apenas com versões com motor 1.4. Já o 1.5 surgiu em fevereiro de 2005 para equipar as opções mais caras do compacto. Em 2006, facelift e o propulsor 1.4 passou a ser flex. Em 2008, o Honda Fit ganhou série especial S e se despediu, para dar lugar à segunda geração.

2 – Como é o desempenho do Honda Fit 2008?

As motorizações do Fit têm diferenças, obviamente, mas uma coisa em comum: o desempenho pacato. Nada de arrancadas fulminantes ou acelerações brutas. Tanto o 1.4 como o 1.5 têm comportamento que privilegia conforto e eficiência, e cadenciado geralmente pelo câmbio automático.

Com o 1.4 de 80cv (depois, 83cv com gasolina e 80cv, com etanol), o carro da Honda anda na maciota. Com câmbio manual, é preciso esticar um pouco as marchas iniciais. Com o automático CVT, aquele comportamento enceradeira e sem trancos. Nos dois casos, depois de alcançar velocidades maiores, o Fit embala.

Honda Fit 1.4 flex modelo 2007 cinza de traseira estático no calçamento
O monovolume compacto era visto por muitos como um hatchback Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

O motor 1.5 do Honda Fit é discretamente mais ágil. Mas a proposta continua sendo a de um rodar confortável. Os 105cv de potência garantem acelerações um pouco mais dispostas, especialmente com a transmissão manual, já que o CVT segura os giros, principalmente em situações de retomada.

Curiosamente, até 2008, o Honda Fit só bebeu gasolina com o motor 1.5. A tecnologia flex para o propulsor maior passou a ser disponibilizada apenas na segunda geração do modelo.

3 – Destaque para o espaço interno

Este é o grande trunfo do Honda Fit. Feito sobre a plataforma Honda Global Small Car, o Fit se destaca por ser um monovolume com jeito de hatch pequeno por fora (são 3,87 metros de comprimento), mas com espaço interno maior que os compactos à época.

Isso mesmo com 2,45m de distância entre-eixos. Com bom aproveitamento da cabine, tanque de combustível posicionado abaixo do assoalho, ausência de túnel da transmissão, o Honda Fit é um carro que carrega cinco ocupantes sem grandes dramas. E ainda tem o porta-malas com 353 litros.

Honda Fit 1.4 flex modelo 2007 cinza interior banco traseiro estático no calçamento
O espaço interno é um dos destaques do Honda Fit Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

4 - Conforto e acabamento

O que não significa que esse primeiro e versátil Honda Fit feito até 2008 seja a primazia do conforto. Isso porque a suspensão (McPherson na frente e eixo de torção atrás) tem uma calibragem dura e os ocupantes sofrem quando o carro passa por buracos e quebra-molas.

Afora o espaço de sobra para pernas e joelhos, o isolamento acústico também deixa a desejar em velocidades maiores. O acabamento, por sua vez, usa bastante plástico, não tem qualquer inspiração em termos de design, mas tem fechamentos corretos e poucas falhas nos espaçamentos.

5 – Funcionalidade do modelo

Nessa cabine bem pensada, a grande sacada do Honda Fit é seu sistema ULT (Utility, Long and Tall). São 10 combinações diferentes de posição dos bancos modulares. O rebatimento dos encostos traseiros deixa o espaço uniforme e plano com o assoalho do porta-malas.

Honda Fit 1.4 flex modelo 2007 cinza porta-malas banco rebatido estático no calçamento
Com o banco traseiro rebatido, o porta-malas se transforma em uma plataforma plana de carga Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

6 - Posicionamento de mercado

De 2003 a 2008, apesar de ser um monovolume, o Honda Fit brigou mais no segmento dos chamados compactos premium, com Volkswagen Polo, Citroën C3, Fiat Punto, entre outros. Isso porque era bem equipado e não tinha o jeitão de minivan de Chevrolet Meriva e Fiat Idea.

O carro logo passou a ser um dos mais emplacados da categoria. Confira os números de vendas do Honda Fit até 2008, segundo dados do Renavam.

  • 2003: 15.081
  • 2004: 29.511
  • 2005: 34.840
  • 2006: 35.127
  • 2007: 34.408
  • 2008: 40.502

7 - Nossa dica de melhor versão

Vamos de Honda Fit 2008 na versão EX com motor 1.5 e câmbio CVT. Os preços nos principais sites de compra e venda de veículos vão de R$ 35 mil a R$ 42 mil (levantamento feito na segunda semana de janeiro de 2024).

É um carro compacto de 2008, então não espere uma avalanche de equipamentos no Honda Fit. Mas o monovolume tem o básico para se viver no trânsito, inclusive com itens de segurança, como airbag duplo e freios com ABS e EBD, que não eram obrigatórios, mas eram raros nos compactos daqueles tempos.

Completam a relação ar-condicionado, direção com assistência elétrica, trio elétrico, banco do motorista e volante com ajustes de altura, rádio com CD Player, alarme, limpador e desembaçador traseiro e rodas de liga leve com aros de 14 polegadas.

Honda Fit 1.4 flex modelo 2007 cinza interior painel e bancos dianteiros estático no calçamento
Acabamento interno com muito plástico, mas é boa a montagem dos componentes Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

8 – Um carro fácil de vender

O Fit só toma poeira na loja se estiver muito detonado. Com as revisões em dia e bom estado de conservação, dificilmente você terá dificuldades na hora de revender o veículo. Além de liquidez, é valorizado. Basta ver que um Honda Fit 2008 pode custar mais de R$ 40 mil.

9 – Preços de manutenção do Fit

O Honda Fit se vale daquela fama de carro inquebrável da marca japonesa e que quase não dá dor de cabeça. A manutenção dos motores 1.4 e 1.5 não tem mistérios, mas consertos no radiador e no arranque dão trabalho. As peças são fáceis de achar.

Veja os preços de alguns itens do Honda Fit 2008 com motor 1.5:

  • Jogo com quatro pastilhas do freio dianteiro: de R$ 70 a R$ 120
  • Jogo com quatro velas de ignição: de R$ 100 a R$ 170
  • Bomba de combustível: de R$ 150 a R$ 210
  • Kit troca de óleo (4 litros 10W30 + filtro): de R$ 180 a R$ 300
  • Amortecedor traseiro: de R$ 400 a R$ 800 (par)
  • Para-choque traseiro: de R$ 400 a R$ 550
  • Farol direito: de R$ 350 a R$ 500

Honda Fit 1.4 flex modelo 2007 cinza cofre do motor estático no calçamento
Motor 1.4 flex tem desempenho limitado, sem agilidade nas respostas Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

10 - Principais problemas do Honda Fit 2008

Donos da primeira geração do Fit costumam relatar problemas nas bandejas e buchas da suspensão, que estouram precocemente. Há depoimentos também sobre queima da bobina de ignição e “patinação” do câmbio automático CVT.
O Honda Fit foi submetido a campanhas de recall, sendo a primeira para troca dos interruptores dos vidros dos modelos feitos de 2003 a 2008, e para substituição do airbag do passageiro de unidades fabricadas entre 2003 e 2014.

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