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Custo-benefício

Avaliação: Jeep Commander Longitude surpreende — mais barato e mais equipado

SUV de sete lugares ganha mais tecnologia, visual revisto e queda de R$ 19 mil na nova linha 2026

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Jeep Commander Longitude
Jeep Commander Longitude Foto: Divulgação/Jeep

A linha 2026 do Jeep Commander estreou com atualizações pontuais, mas importantes para manter o SUV de sete lugares competitivo em um segmento cada vez mais pressionado pelos chineses. O modelo ganhou tecnologia, retoques de design e um reposicionamento de preço que muda seu custo-benefício. A versão testada, Longitude, é a nova opção de entrada e surge como a alternativa mais lógica dentro da gama.

Por fora, o SUV recebeu mudanças discretas, mas perceptíveis, como a nova grade dianteira, para-choque redesenhado, DLR reposicionado e faróis de neblina mais largos. O visual continua imponente, algo esperado em um modelo com mais de 4,77 metros de comprimento e 2.794 mm de entre-eixos. As rodas de 18 polegadas não chamam atenção, mas cumprem bem seu papel dentro da proposta.

Jeep Commander Longitude
Jeep Commander Longitude Foto: Divulgação/Jeep

O interior segue a combinação de robustez com refinamento. Há couro, materiais soft-touch e até trechos com acabamento que simula camurça, mantendo o ambiente condizente com a categoria, embora plásticos rígidos ainda apareçam em pontos de toque frequente. Os bancos têm bom desenho e o ajuste elétrico é exclusivo do motorista. O espaço para a segunda fileira é amplo, enquanto a terceira cumpre o papel esperado: ideal para crianças ou uso ocasional.

Um dos destaques do Commander segue sendo o porta-malas. Com os sete lugares em uso, são 233 litros. Rebatendo a terceira fileira, o volume salta para 661 litros, fazendo do modelo um dos SUVs mais práticos da categoria para viagens e transporte de carga.

Jeep Commander Longitude
Jeep Commander Longitude Foto: Divulgação/Jeep

A lista de equipamentos evoluiu e isso faz diferença. O Longitude agora tem seis airbags, abertura elétrica do porta-malas, faróis full LED, quadro de instrumentos 100% digital, multimídia com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e, principalmente, assistências de condução de nível 2 (ADAS). Era um passo necessário para enfrentar rivais chineses, que já vinham entregando mais tecnologia por menos dinheiro.

Debaixo do capô, o motor 1.3 T270 turbo flex entrega 176 cv e 27,5 kgfm e, apesar da desconfiança natural sobre sua capacidade de mover um SUV de sete lugares, o desempenho surpreende. Há uma hesitação inicial, mas, depois de embalar, o conjunto fica ágil e seguro. Mesmo carregado na estrada, o Commander não parece sufocado e garante retomadas adequadas à proposta. O consumo é o preço dessa combinação: nos testes, foram 9,5 km/l na estrada com o carro cheio e entre 8,5 e 8,7 km/l na cidade, rodando vazio. Nada trágico, mas longe de ser um destaque.

A suspensão é um dos melhores pontos do conjunto. Bem calibrada, entrega estabilidade e conforto sem exagerar no balanço da carroceria. Em ruas esburacadas, como o “asfalto lunar” de São Paulo, o Commander se mantém sólido, com a robustez que se espera de um Jeep, mesmo que sua vocação off-road seja discreta.

Veredicto: atualizado, mais equipado e agora mais barato, o Commander Longitude parte de R$ 220.990, preço que ficou R$ 19 mil menor em relação ao modelo anterior. Na prática, ele finalmente entrega aquilo que sempre prometeu: espaço, segurança, tecnologia e robustez a um custo coerente. É uma escolha inteligente para famílias em crescimento, que viajam com frequência e querem um SUV versátil para o cotidiano, estradas e passeios em sítios ou chácaras. Não é o mais econômico, mas cumpre sua missão com honestidade, equilíbrio e com custo-benefício real. 

Ao contrário do que se poderia imaginar, a queda no preço não veio acompanhada de cortes de equipamentos, pelo contrário, o Commander ganhou mais itens, o que torna a atualização ainda mais positiva.