Os SUVs médios podem não ser os carros mais acessíveis do país, mas estão entre os mais desejados. Não à toa, os carros dessa categoria fazem sucesso no mercado de seminovos. Entre os zero km, a Chevrolet está trazendo a quarta geração do Equinox, que chega por R$ 267 mil.
Revolução visual
Enquanto o Equinox antigo tinha linhas mais arredondadas, a nova geração aposta em visual mais retilíneo e traz elementos já vistos em lançamentos recentes da marca. A luz de posição é um LED fino bem abaixo do capô e os faróis, com a mesma tecnologia, são posicionados mais abaixo, verticalmente. A grade agora está maior e traz a cor preta nas duas versões, mas conta com um contorno cromado na opção Activ.
A lateral trocou os arcos de roda arredondados por uma peça plástica que dá um acabamento quadrado à seção. Os plásticos percorrem toda a base do veículo independente da versão.
Na traseira, o modelo conta com lanternas traseiras em Y horizontal, para-choque com uma protuberância extra e um visual bem limpo na tampa do porta-malas.
Internamente, o modelo deixa a cabine que remetia ao Cruze e aposta na tecnologia dos modelos topo de linha da marca como Equinox EV e Blazer EV. O multimídia tem 11,3 polegadas e traz sistema operacional da Google integrado e conexão com Android Auto e Apple CarPlay, e o painel de instrumentos tem 11”.
A cabine pode ter duas opções de cores: preto com caramelo na opção Activ e Preto com vermelho na tradicional versão RS. O painel traz detalhes de toque macio e as saídas de ar também trazem o mesmo desenho dos modelos elétricos. Há quem possa chamar de falta de inspiração, mas a identidade visual está presente.
Materiais de toque acolchoado estão no apoio de braço central, nos painéis de porta dianteiro e traseiros, e fazem da cabine do Equinox um ambiente agradável. Há carregador de celular por indução, entradas USB-A e USB-C, ar-condicionado digital de duas zonas e bancos com opção de aquecimento, ventilação e ajustes elétricos.
O modelo mede 4,66 metros de comprimento na versão Activ e 4,65 m na versão RS; a largura é sempre de 1,90 m, a altura de 1,71, o entre-eixos de 2,73 m e o porta-malas tem 469 litros de capacidade, mas pode ser expandido para 931 litros com os bancos traseiros rebatidos.
Itens de série
Importado do México, a lista de equipamentos é bem ampla. Além dos já citados, temos farol alto adaptativo e com ajustes de altura, porta-malas elétrico, freio de estacionamento eletrônico, carregador para smartphone sem fio, direção elétrica, retrovisores elétricos com aquecimento, memória de ajustes de banco do motorista e retrovisores, teto solar panorâmico.
A diferença entre as versões também muda a lista de equipamentos. Na Activ, o comprador recebe câmera 360º, enquanto na RS a câmera é somente de ré. A versão Activ recebe também espelho retrovisor interno eletrocrômico com projeção de câmera, enquanto a RS traz retrovisor tradicional.
Em termos de segurança, o Equinox traz seis airbags (2 frontais, 2 laterais e 2 de cortina), alerta de colisão frontal, alerta de ponto cego com correção da direção, alerta de tráfego cruzado dianeiro e traseiro com frenagem automática, alerta lateral de abertura de portas com detecção de ciclistas, veículos e pedestres.
Como é dirigir o Equinox Turbo?
O conforto é o ponto alto do Equinox de quarta geração. A visibilidade é ótima, o conjunto painel de instrumentos + central multimídia é bem intuitivo, mas merece críticas que falaremos mais tarde.
Quem só quer se deslocar de ponto A ao ponto B terá no Equinox um carro bem espaçoso, confortável e com fôlego suficiente. Os 177 cv de potência e 28 kgfm de torque já a 2 mil rotações são suficientes para mover o SUV da GM, não tem nenhuma pegada esportiva, é bem verdade, mas não fica devendo potência. Os assistentes de condução funcionam muito bem na estrada, facilitando a viagem.
Segundo o Inmetro, as médias de consumo são de 9 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada.
Com borboletas atrás do volante para a troca de marchas, a resposta do Equinox turbo é rápida, apesar disso, seria bem-vindo uma indicação da marcha no painel de instrumentos.
A versão testada foi a Activ, então era possível trocar os modos de condução. Na estrada entre São Paulo e Campos do Jordão, os modos não fizeram grande diferença, mas em um trajeto fora de estrada, talvez sejam mais úteis.
O sistema de som é ótimo, assim como o espaço no banco traseiro. As saídas de ar condicionado no túnel central ajudam a manter a cabine em uma boa temperatura ambiente.
Entretanto, vale apontar que o porta-malas não conta com nenhuma proteção para impossibilitar a visualização do que está sendo transportado internamente. Em tempos onde a violência urbana é cada vez maior, esse pode ser um problema.
Outro ponto que vale a crítica é a necessidade de acessar a central multimídia para conseguir acionar os faróis, por exemplo. Ainda bem que o modelo oferece acionamento automático, o que compensa essa complexidade.
Assim como Equinox e Blazer EV, o seletor de marchas é localizado do lado direito da coluna de direção, típico de carros norte-americanos (lembre-se que o Equinox Turbo é vendido também nos EUA). Essa posição pode causar um pouco de confusão, especialmente ao entrar no carro pela primeira vez, mas é questão de costume.
Vale a pena?
Entre os principais rivais do Equinox Turbo estão Ford Territory (R$ 212 mil), Volkswagen Taos (R$ 220,9 mil), Jeep Compass (R$ 202 mil na versão Longitude), Toyota Corolla Cross (R$ 201 mil) e até mesmo o BYD Song Plus (R$ 240 mil).
Entre esses modelos, o Equinox se destaca na potência, só perdendo para o Compass Longitude, que oferece 180 cv e 27,5 kgfm de torque na gasolina. O Chevrolet também é o maior da categoria, mas perde em porta-malas para o VW Taos.
Em termos de preços, é mais caro que todos os seus rivais, e tem preço próximo a versão Overland com motor Hurricane do Compass. Essa versão traz motor 2.0 turbo de 272 cv e 40,8 kgfm de torque e tração integral.
Pelo preço, os rivais mais acessíveis se mostram uma compra mais racional, enquanto o concorrente na mesma faixa de preço traz dados de potência muito maiores.
É difícil justificar a compra do Equinox Turbo, que embora seja competente e se mostre um ótimo SUV, tem preço muito caro e deve ter um volume de vendas bem pequeno.
Ficha Técnica Chevrolet Equinox Turbo
Motor: | 1.490 cm³, dianteiro, 4 cilindros, 16 válvulas, 177 cv e 28 kgfm de torque |
Câmbio: | Automático de oito marchas |
Tração: | AWD sob demanda |
Direção: | Elétrica progressível |
Suspensão: | McPherson independente na dianteira e independente na traseira |
Dimensões: |
Comprimento: 4,66 m (Activ); 4,65 m (RS); Largura: 1,90 m; Altura: 1,71 m; Entre-Eixos: 2,73 m |
Porta-malas: | 469 litros |
Tanque de combustível: | 59 litros |
Consumo: | 9 km/l (cidade)/10,7 km/l (estrada) |
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