O exame toxicológico passará a ser obrigatório para os cidadãos que desejam obter a CNH nas categorias A e B. Antes da medida ser aprovada pelo Congresso Nacional, apenas os condutores das classes C, D e E faziam o teste. Segundo algumas pesquisas recentes, a medida deixa o tráfego viário mais seguro.
Desde 2016, conforme dados da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), cerca de 300 mil motoristas das categorias C, D e E foram positivados para substâncias psicoativas após teste confirmatório, o que ressalta a importância da medida para coibir o uso de drogas no trânsito.
Já comparações entre períodos pré e pós-implementação indicam queda expressiva no índice de sinistralidade. Análises baseadas em dados da PRF e de balanços governamentais mostram reduções de 34% em acidentes com caminhões, 45% com ônibus, além de 54% de redução de sinistros nas rodovias interestaduais, entre 2015 e 2017.
Além disso, entre 2016 e 2019, segundo o SOS Estradas, mais de 28 mil motoristas que haviam testado positivo passaram por tratamento e retornaram ao trabalho após apresentarem laudos negativos. O resulta demonstra que o exame também cumpre função social e de reinserção.
Apesar disso, o governo federal buscava acabar com a exigência até para as categorias C, D e E. Nesta semana, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), declarou que a reprovação do teste fica na casa do 0,01%. Assim, o exame seria apenas um custo extra para retirar a CNH, sem impacto direto na segurança do trânsito.
O exame
O exame detecta diversas substâncias como, anfetaminas e derivados; maconha (THC e outros canabinoides), cocaína (e metabólitos); e opiáceos. A janela de detecção é de 120 dias. Já o resultado é divulgado de maneira confidencial.
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