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Carro elétrico, compacto e barato: UE estuda como vencer a China

O "E-Car" seria algo parecido com os subcompactos key cars, responsáveis por 40% das vendas de veículos 0 km no Japão

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Suzuki Hustler laranja é um dos principais K-Car do japão
Suzuki Hustler laranja é um dos principais K-Car do japão Foto: Divulgação/Suzuki

A União Europeia avalia trabalhar com montadoras da indústria automobilística para criar uma nova categoria de carros elétricos compactos e mais acessíveis. A revelação foi feita pela presidente do bloco, Ursula von der Leyen, nesta quarta-feira (10). 

O "E-Car" seria algo parecido com os subcompactos key cars, responsáveis por 40% das vendas de veículos 0 km no Japão. A ideia da UE vem à tona após vários CEOs de montadoras europeias mostrarem preocupação com o futuro em meio ao domínio da China no mercado de elétricos. 

Segundo Von der Leyen, o setor automobilístico é um pilar da economia no Velho Continente e deve ter veículos mais baratos para competir com a China. "Milhões de europeus querem comprar carros europeus acessíveis, por isso também devemos investir em veículos pequenos e acessíveis, tanto para o mercado europeu quanto para atender ao aumento da demanda global", disse.

Ursula Von der Leyern é a presidente da União Europeia
Ursula Von der Leyern é a presidente da União Europeia Foto: Reprodução/Instagram

"É por isso que propomos trabalhar com a indústria em uma nova iniciativa de carros pequenos e acessíveis. Não podemos deixar a China e outros [países] dominarem esse mercado", acrescentou a presidente do bloco. Até o momento, não está claro quais tipos de motorização serão permitidos na nova classe. 

Fim dos motores a combustão

Nesta semana, durante o Salão do Automóvel de Munique, executivos da Renault, BMW e Stellantis voltaram a criticar a lei aprovada pela União Europeia que proíbe as montadoras de produzir veículos a combustão a partir de 2035. 

K-Car da BYD foi flagrado em fase de testes
K-Car da BYD foi flagrado em fase de testes Foto: Reprodução/Redes sociais

Von der Leyen admitiu que a medida pode ser revista, mas lembrou que a UE já havia flexibilizado as metas de CO2 para 2025 que as montadoras devem atingir. Além disso, ela reafirmou que as fabricantes devem construir modelos eletrificados. 

"Não importa o que aconteça: o futuro é elétrico, e a Europa fará parte dele. O futuro dos carros – e os carros do futuro – deve ser feito na Europa", finalizou.