Os motoristas de aplicativo no Brasil estão trabalhando, em média, 52 horas por semanas em 2025. O lucro mensal, entretanto, não costuma passar de 4,1 mil. As informações foram obtidas em levantamento realizado pela GigU, plataforma que oferece serviços para os profissionais.
Segundo o estudo, que ouviu 1.252 motoristas em todos os estados do Brasil, 92% dos trabalhadores da área estão endividados, sendo que em 68% dos casos, as dívidas comprometem despesas básicas, como alimentação, moradia e contas domésticas.
Os profissionais que recebem uma melhor remuneração estão na cidade de São Paulo, com uma média de 4,1 mil por mês. Ainda assim, os condutores que rodam pela capital paulista também trabalham cerca de 60 horas por semana.
A GigU informou, inclusive, que em mais da metade das cidades analisadas, o lucro mensal líquido fica abaixo da faixa de R$ 3 mil. Em algumas cidades grandes, como Manaus (AM) e Pelotas (RS), onde os ganhos médios mensais não chegam a R$ 2.200.
Já o pior resultado foi registrado em Maceió (AL), onde o custo por quilômetro rodado é o mais alto do país. No período da pesquisa, os motoristas da capital alagoana tinham uma renda líquida média mensal de R$ 1,8 mil.
A pesquisa, ainda, traz o dado de que aproximadamente 30% dos profissionais de aplicativo trabalham com carros alugados, o que diminui consideravelmente a renda líquida no final do mês. Em alguns estados, o maior valor do combustível também faz a diferença.
Por fim, o estudo também mostra a insatisfação dos motoristas. Cerca de 55% já pensaram em desistir, enquanto sete entre 10 profissionais afirmam não ter tempo para descansar. Além da rotina cansativa e a baixa lucratividades, eles apontaram falta de segurança como motivo de aflição.
Segundo o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), há mais de 2 milhões de motoristas cadastrados em plataformas no país em 2025
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