A Audi vendeu cerca de 783 mil carros em todo o mundo no primeiro semestre de 2025, o que representa uma queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado é divulgado após um recuo de 11,8% na quantidade de emplacamentos no ano passado. Em meio a esse contexto, o CEO da marca, Gernot Döllner, admitiu a má fase.
"Não quero rodeios, precisamos voltar aos trilhos agora", disse o chefe da Audi, em entrevista ao jornal alemão "Bild". Após uma longa seca de novos modelos, Döllner acredita que o pior já passou. "Acho que estamos passando pelo ponto mais baixo", continuou o executivo.
A aposta da Audi está na construção de um novo carro-conceito, um modelo que possa repetir o sucesso do Tourist Trouphy (TT) do final dos 1990 e início dos anos 2010. "Tenho um pressentimento de que estamos à beira de um momento TT como esse", declarou Döllner.
Segundo o CEO, o novo trunfo da Audi será "algo intermediário" entre o TT e o R8, sendo classificado como um "carro esportivo altamente emocional". Sem dar muitos detalhes, Döllner garantiu que o modelo terá motorização 100% elétrica.
A expectativa é o esportivo da Audi seja produzido em até dois anos, ou seja, em 2027. Até lá, a marca continuará apostando em veículos eletrificados, mas sem abandonar os carros a combustão. Recentemente, a empresa adiou sua transição para veículos exclusivamente elétricos de 2032 para pelo menos meados da próxima década.
A Audi, assim como a Porsche, é uma das marcas do Grupo Volkswagen em crise. Nos últimos meses, a empresa alemã anunciou cortes e ameaçou fechar fábricas na Europa.