Sempre sendo conhecida por sua abordagem mais meticulosa no desenvolvimento de veículos, a Toyota foi surpreendida pela velocidade de trabalho da BYD. Durante a parceria entre as duas empresas para criar o sedan elétrico BZ3, engenheiros da marca japonesa ficaram impressionados com a agilidade da parceira chinesa.
Enquanto a Toyota tradicionalmente leva de quatro a cinco anos para transformar um conceito em modelo de produção, a BYD e outras montadoras chinesas reduziram esse processo para cerca de dois anos. Essa agilidade se tornou comum na China, onde o mercado automotivo passou a operar em ritmo semelhante ao da indústria de tecnologia, com atualizações rápidas e lançamentos frequentes.
Apesar de reconhecer a eficiência do novo modelo, a Toyota segue valorizando sua base histórica de confiabilidade e durabilidade, construída ao longo de décadas com veículos projetados para rodar centenas de milhares de quilômetros. Portanto, ainda há cautela, principalmente se tratando da resistência dos modelos elétricos chineses.
O avanço da BYD tem sido notável. Em 2024, a montadora vendeu 4,3 milhões de veículos, número expressivo diante dos 10,7 milhões da Toyota. Além disso, conta com cerca de 900 mil funcionários, sendo quase o mesmo número somado de Toyota e Volkswagen juntas.
O BZ3, fruto direto da parceria com a BYD, oferece até 600 km de autonomia no ciclo chinês e usa baterias Blade de fosfato de ferro-lítio. Seu preço competitivo e os avanços técnicos refletem a mudança de ritmo imposta pelas fabricantes chinesas, que vêm alterando algumas das dinâmicas da indústria automotiva global.
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