A Tesla, montadora de carros elétricos norte-americana, se envolveu em uma polêmica na semana passada. Em uma foto oficial, um dos funcionários da empresa apareceu fazendo um gesto associado ao grupo islâmico Hamas.
O caso aconteceu em Berlim, na Alemanha. Ao comemorar a produção do carro de número 8 milhões da fábrica, a Tesla reuniu os trabalhadores da unidade para uma foto. Um deles, entretanto, parecia fazer uma saudação ao Hamas, grupo que está em conflito com Israel.
Rapidamente, os internautas notaram o gesto e decidiram cobrar a Tesla. No X (antigo Twitter), a publicação teve mais de 570 mil visualizações e aproximadamente 10 mil curtidas em poucos dias. Após a repercussão, a empresa comandada por Elon Musk utilizou o programa Photoshop para alterar a imagem.
O diretor de Manufatura da fábrica de Berlim, Andre Therig, compartilhou a foto editada no LinkedIn no dia seguinte, parabenizando a equipe pela conquista. Porém, oficialmente, a Tesla não mencionou o gesto original ou o fato de a foto ter sido modificada.
O uso de símbolos do Hamas é proibido pela lei da Alemanha, seja "publicamente, em uma reunião, em escritos, mídia de áudio ou visual, imagens ou representações". A decisão da Tesla, desta forma, pode ter sido motivada pela legislação local.
Após o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, o Ministério do Interior da Alemanha também foi bastante claro sobre o assunto. "As atividades da organização Hamas violam o direito penal e são direcionadas contra a ideia de entendimento internacional", declarou a pasta, na ocasião.
De qualquer forma, em meio à crise vivenciada na Europa, a Tesla viu uma notícia que seria positiva ter efeito contrário. Ao invés de destacar o importante feito em sua fábrica de Berlim, a empresa viu sua marca receber críticas e gerar polêmica na web.
- Acompanhe o VRUM também no YouTube e no Dailymotion!