A Chevrolet vive um de seus piores momentos na China, com uma sequência de quedas expressivas nas vendas e o cancelamento de projetos locais. A marca norte-americana vendeu mais de 640 mil veículos no país em 2018, mas esse número despencou para 52.774 em 2024, uma queda de quase 70%.
O ano de 2025 também não começou bem, visto que até abril, apenas 5.314 unidades foram vendidas, o que representa uma queda de 75,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Chevrolet Monza responde por cerca de 80% das vendas atuais, mostrando a diminuição do portfólio da Chevrolet no país.
Projetos importantes como o SUV elétrico Trail EV e novas versões do TrailBlazer podem ser cancelados. Alguns modelos que estavam prontos para serem lançados no fim de 2023, não passaram da fase de planejamento e tiveram sua produção encerrada antes mesmo de começar.
Apesar dos números preocupantes, a SAIC-GM, responsável pela Chevrolet na China, negou oficialmente que a marca esteja deixando o país. O gerente geral da empresa, Lu Xiao, declarou que os boatos são “fake news” e afirmou que a Chevrolet continuará operando.
No entanto, a imprensa local aponta que a fala teria sido uma forma de tranquilizar os atuais donos da marca em relação à continuidade dos serviços de pós-venda. Ou seja, embora a marca continue existindo no papel, a tendência seria manter apenas o suporte técnico e a manutenção, sem novos lançamentos ou investimentos significativos.
A crise da Chevrolet na China se soma à dificuldade de montadoras estrangeiras em competir com as marcas locais, que dominam o mercado especialmente no segmento de veículos elétricos.
Por outro lado, parcerias (joint-ventures) como a própria SAIC-GM, garantem acesso da fabricante norte-americana a tecnologias e veículos eletrificados. O Brasil será beneficiado dessa parceria, visto que a fabricante irá oferecer o Spark EUV e o Captiva EV, vendidos na China sob a marca Wuling, de propriedade da SAIC-GM.
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