O Renault Kwid foi lançado em 2017 com a promessa de ser o carro 0 km mais popular do Brasil. Cerca de oito anos depois, o subcompacto segue como um dos veículos mais baratos no país e está, constantemente, na lista dos automóveis de maiores emplacamentos. Além do preço, o modelo chama atenção pela economia de combustível, facilidade de manuseio e custo-benefício.
Atualmente, o Renault Kwid é comercializado nas versões Zen, Intense, Intense Pack Biton e Outsider. Todas são equipadas com motor 1.0 flex aspirado de 68/71 cv (gasolina/etanol) de potência e 9.3/9.9 kgfm (g/e) de torque, associado ao câmbio manual de 5 marchas. Quanto ao consumo, as quatro versões do hatch fazem 15,3 km/l (g) e 10,8 km/l (e) na cidade, enquanto na estrada o consumo é de 15,7 km/l (g) e 11 km/l (e).
Há, ainda, o Kwid E-Tech, modelo com um motor 100% elétrico, capaz de entregar 65 cv e 11.5 kgfm de torque. O veículo vai de 0 a 50 km/h em 4,1 segundos e atinge até 130 km/h. Esta versão tem alcance de 185 km, segundo o Inmetro.
Apesar de todas essas vantagens e opções de motorização, o Renault Kwid também é alvo de muitas críticas. Para ajudar o leitor a decidir se é vantajoso ou não ter o hatch na garagem, o Portal Vrum decidiu reunir as principais reclamações dos donos do subcompacto. As queixas foram feitas no site Reclame Aqui e em fóruns na internet. Veja abaixo.
Câmbio
Um dos problemas mais apontados pelos donos do Kwid tem relação com o câmbio. No site Reclame Aqui, diversos condutores relataram defeitos na transmissão manual de 5 marchas, incluindo barulhos, vazamentos e até quebra. Em vários casos, as queixas ocorreram pouco tempo depois do carro sair da concessionária.
"O câmbio simplesmente quebrou. Não entrava ré, nem primeira ou segunda marcha. O carro não se movia", disse o proprietário de um Kwid 2025, de Paranamirim (RN). "Acho uma falta de responsabilidade reparar um câmbio em um carro que completou 5 meses. Qual confiança terei em usar esse carro, colocar minha família nele e encarar uma viagem?", acrescentou.
Freios
Este é um problema visto, principalmente, nos carros fabricados entre 2017 e 2022. Seja no Reclame Aqui ou nas redes sociais, é possível encontrar donos de Kwid que sofreram com batidas e acidentes devido a um defeito crônico no Kwid.
"Eu estava indo para um aniversário com meu Kwid, que tinha saído da primeira revisão de 10 mil km, quando me aproximei de um balão. Eu acionei o freio e meu pé afundou. Não funcionou", disse Aristóteles, dono de um carro 2020/2021.
"Contratei uma perícia para verificação no freio para ingressar na Justiça para que a Renault troque o carro por falta de confiança naquele automóvel que quase me levou a óbito", acrescentou o motorista.
Coluna de direção
Já nos modelos fabricados até 2019, um defeito crônico e grave apontado pelos donos do Kwid ocorre no suporte da coluna de direção. "O problema se dá pela quebra do suporte que segura a coluna de direção, e aí o volante simplesmente cai no colo de quem está dirigindo, fazendo a pessoa perder o controle do carro", disse Gabriel, de Belo Horizonte.
"Isso é um absurdo! Como pode a Renault saber desse problema (já vi casos relatados aqui no reclame aqui) e não chamar para recall? Dei sorte de procurar saber antes sobre a causa do barulho, porque se eu esperasse podia ter acontecido um acidente terrível comigo", finalizou.
Maçaneta
O Kwid também é conhecido pela simplicidade no acabamento. Neste sentido, as maçanetas internas acabam sofrendo. No entendimento de alguns donos, elas podem ser consideradas "descartáveis" tamanha a fragilidade.
"Comprei um Renault Kwid no início do ano e, após um mês, uma maçaneta traseira quebrou. No mês seguinte, quebrou a outra. O absurdo é que ainda tenho que pagar o serviço que está no valor", relatou Adevaldo, da cidade de Benevides (PA).
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