Você já tomou uma multa por algo que parecia simples, como esquecer a seta? Essa infração, prevista no artigo 196 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é considerada grave e rende uma multa gorda, além de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o Código de Trânsito, sinalizar é essencial para evitar acidentes, já que a falta de aviso pode confundir outros motoristas ou pedestres.
Não usar a seta ao mudar de faixa, virar ou parar é mais sério do que parece. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), infrações relacionadas à sinalização estão entre as mais frequentes no Brasil. Cada multa aplicada por essa falha custa R$ 195,23, valor fixado desde 2016, e adiciona cinco pontos na CNH.
O problema não é só financeiro. A falta de sinalização aumenta o risco de colisões, principalmente em vias movimentadas. Além da seta, outras infrações comuns geram multas salgadas e pontos na carteira. Aqui estão as principais:
- Excesso de velocidade: Até 20% acima do limite é infração média (R$ 130,16, quatro pontos). De 20% a 50% é grave (R$ 195,23, cinco pontos). Acima de 50%, gravíssima, custa R$ 880,41, com sete pontos e suspensão da CNH (artigo 218). Segundo a Senatran, em 2023, quase 35% das multas no Brasil foram por velocidade, dado que se manteve em 2024.
- Dirigir usando celular: Infração gravíssima (artigo 252), com multa de R$ 293,47 e sete pontos
- Estacionar em local proibido: Varia conforme o caso. Estacionar onde há placa de “Proibido Estacionar” é médio (R$ 130,16, quatro pontos). Em vagas para idosos ou deficientes, é gravíssima (R$ 293,47, sete pontos), conforme artigo 181.
- Avançar sinal vermelho: Gravíssima (artigo 208), custa R$ 293,47 e sete pontos
- Dirigir sob efeito de álcool: A mais cara, com R$ 2.934,70 (multiplicada por dez em caso de residência em 12 meses), sete pontos e suspensão de 12 meses (artigo 165).
As multas de trânsito são uma fonte enorme de recursos. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a cidade arrecadou cerca de R$ 1,6 bilhão com infrações de trânsito em 2023.
O dinheiro, pela lei, deve ser usado em sinalização, fiscalização e educação no trânsito. Mas, na prática, muitos motoristas questionam se os recursos são bem aplicados, já que vias mal sinalizadas e buracos ainda são comuns.
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