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Resenha: Harley-Davidson mostra motos das séries Icons e Enthusiast

Durante o Daytona Bike Week, marca estadunidense revela modelos pra lá de especiais

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Modelos da série Icons são inspirados em motos icônicas do passado
Modelos da série Icons são inspirados em motos icônicas do passado Foto: Harley-Davidson/Divulgação

A americana Harley-Davidson tem os programas Icons e Enthusiast (Ícones e Entusiasta) que produz modelos atuais, inspirados em motos icônicas de sua linha do passado. Durante o Daytona Bike Week, que vai até o dia 9 de março, apresentou o quarto modelo da série Icons batizada de Hydra-Glide Revival 2024. Serão apenas 1.750 unidades numeradas para o mundo todo, com a promessa de nunca mais produzir o modelo.

A Harley-Davidson também apresentou as motos Low Rider ST, Ultra Limited e Tri Glide da série Enthusiast, com acabamento Tobacco Fade, inspirada no Rock´n Roll e na cor da madeira Sunburst das guitarras, baixos e baterias dos anos 1960. Serão apenas 2.000 unidades numeradas para cada modelo.

A Hydra-Glide 2024 Revival, comemora os 75 anos da primeira suspensão dianteira telescópica hidráulica (Hydra) em 1949. A pintura é personalizada Red Line Red, inspirada nos modelos 1956, com emblemas cromados, assim como a tampa do filtro de ar, os aros das rodas, o garfo, os escapes e a proteção do motor (mata cachorro). O painel também tem inspiração nos anos 1950.

Ja o guidão tem a inscrição Hydra-Glide Revival e numeração do modelo, enquanto o pára- brisas removível de 53,3 centímetros (21 polegadas) tem a base vermelha. O banco e as bolsas laterais são decorados com franjas, tachinhas cromadas, costura com debrum branco e detalhes vermelhos. O motor é o tradicional dois cilindros em vê Milwaukee-Eight 114 (1.868 cm3) com 94 cv, filtro de ar Screamin Eagle e iluminação em LED.

Três motos Harley Davidson da série Enthusiast Tobacco Fade, que une motos e rock, vistas de frente, em foto de estúdio
Harley Davidson Enthusiast Tobacco Fade é uma fusão de motos e rock Foto: Harley Davidson/Divulgação

A série Tobacco Fade dos modelos Enthusiast, (também para colecionadores) representa a fusão da música com as motos. O formato do tanque lembra as ranhuras do disco de vinil, enquanto o grafismo do pára-lama dianteiro, o formato de uma palheta para as cordas de uma guitarra.

A Low Rider ST (Sport Touring) tem o motor de dois cilindros em V Milwaukee-Eight 117(1.923 cm3), com 103 cv, escapes pretos e rodas em liga leve. A Ultra Limited tem a carenagem asa de morcego. O Tri Glide é um triciclo (não disponível no Brasil), também com motor Milwaukee-Eight 114 e carenagem asa de morcego.

Royal-Enfield

Royal Enfield Continental GT 650 2024, de frente, estacionada, em foto de esúdio
Interceptor 650 e Continental GT 650 dividem o mesmo motor de dois cilindros, com 47cv Foto: Royal Enfield/Divulgação

Os modelos Interceptor 650 e Continental GT 650 foram lançados em 2018 no Brasil e dividem o mesmo motor de dois cilindros (Twin) com 47 cv, mas têm propostas diferentes. A Interceptor é uma naked roadster mais urbana, enquanto a Continental GT 650, com estilo Café Racer, tem pegada mais esportiva.

A linha 2024 chega com novas cores e grafismos, além de novos bancos, novo quadro de comando, tomada USB e farol em LED. A suspensão traseira com duplo amortecedor com reservatório de gás separado foi ajustada, assim como o quadro. Os pneus sem câmara, agora são de série, calçando rodas em liga leve. O estilo black-out contempla escapes e motor em preto.

A Interceptor 650, com preço sugerido de R$28.900, tem as tonalidades Black Ray, Barcelona Blue, Cali Green e Black Pearl. A Continental GT 650 com preço sugerido de R$ 30.900, tem as cores Slipstream Blue e Apex Grey. A marca também anunciou novas cores para o modelo Himalayan 411 com motor de um cilindro e 24,5 cv. Sleet Black, Dune Brown e Glacier Green. A Royal Enfield já lançou no exterior, a sucessora Himalayan 450.

Bajaj

Quatro profissionais da Bajaj Motos, em pé, durante evento de comemoração de 1 ano da empresa no Brasil
Bajaj comemora 1 ano de Brasil revelando planos para o futuro Foto: Bajaj/Divulgação

A marca indiana Bajaj completou um ano de Brasil, com planos ambiciosos. A partir de maio, inaugura sua fábrica própria em Manaus, Amazonas, com capacidade inicial para 20 mil motos ao ano. Será a primeira unidade fabril da marca fora da Índia. Em sua linha atual, os modelos Dominar 160, Dominar 200 e o carro chefe, Dominar 400, serão modernizados progressivamente. Na índia, as Dominar 160 e 200, tem a denominação Pulsar e receberam painel digital, suspensão invertida e aperfeiçoamentos no quadro. A Dominar 400 ganhou novas cores.

A nova fábrica vai permitir também desenvolver modelos específicos para o mercado brasileiro a longo prazo, como, por exemplo, uma moto com motor de 250 cm3, estilo on-off road, com aro de 21 polegadas na roda dianteira e também motores flex. O scooter elétrico Chetak também está nos planos: foi modernizado na Índia e terá que passar por processo de homologação aqui.

A nova fábrica será acompanhada pela expansão da rede, que conta atualmente com dez concessionárias e até o fim de 2024 vai contar com mais nove nas regiões sul, nordeste e norte, além de mais três na cidade de São Paulo e outra em Sorocaba.

A expansão vai permitir triplicar o volume de vendas em 2024 em relação a 2023 que foi de 3.800 unidades, segundo Waldyr Ferreira, diretor da Bajaj, na solenidade de aniversário em 29 de fevereiro em São Paulo. Outra estratégia da marca com as novas concessionárias é intensificar o programa Dominar Rides. Passeios guiados com infra estrutura de apoio no estilo bate e volta. A marca planeja 20 Dominar Rides em 2024 pelo Brasil.

BMW

BMW R 1300 GS customizada ao estilo Streetfighter pela VTR, de frente, em foto de estúdio
Customizações transformaram a maxi trail BMW R 1300 GS em uma furiosa Streetfighter Foto: VTR/Divulgação

O modelo maxi trail BMW R 1300 GS (motor boxer de 145 cv), acabou de ser lançado e já tem linha de customização independente. A empresa Suíça VTR Motorrad, especializada em personalizações na marca, inclusive com concessionária da BMW, preparou o modelo batizado de R 1301, misturando estilos e tendências.

O resultado é uma agressiva e esportiva motocicleta do tipo Supermoto Naked Streetfighter, com base na aventureira R 1300 GS, que tem proposta diametralmente oposta. A mágica da transformação, por isso mesmo, foi inusitada e surpreendente.

Para encarar esportivamente só asfalto e não mais terra, as rodas são em alumínio forjado com aro de 19 polegadas na dianteira e 17 na traseira, calçados com pneus esportivos. O pára-lama dianteiro foi encurtado, os protetores de punho e os retrovisores suprimidos e o pára-brisa ganhou bolha fumê. A traseira ficou mais esbelta como nas esportivas e o assento tem uma cobertura personalizada, igualmente inspirada nas esportivas, concebida pelo especialista suíço (em bancos) Yves Knobel. O peso foi reduzido em cerca de 7 kg.

A decoração, com as cores e pinturas, lembram a badalada Divisão M da BMW. Outra curiosidade é o escape. A consagrada marca Akrapovic, nascida na Eslovênia em 1990 como Skorpion, pelo piloto Igor Akrapovic, teve que mudar o nome depois de um processo da Ford que tinha o carro Scorpio. Porém o símbolo da marca, permaneceu como uma garra estilizada do “skorpion”. Este mesmo escape, em titânio e fibra de carbono, é grafado na R 1301 como Attrapovic.

Queens

Visão geral do evento Queens of the Mountains, com várias motos estacionadas lado a lado, rodeando um banner quadriculado
Quinta edição do Queens of the Mountains ocorrerá no dia 21 de julho Foto: Angelo Savastano/Divulgação

A quinta edição do Queens of the Mountains, encontro off-road vintage, tem data marcada para 21 de julho de 2024. O local da concentração tem um simbolismo igualmente vintage: o Bar do Marcinho, em Macacos, apelido de São Sebastião das Águas Claras, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), considerado um dos berços do fora de estrada brasileiro.

O Queens of the Mountains reúne motos do tipo fora de estrada de todo o Brasil (as rainhas das montanhas) produzidas até 1999. Os inscritos também concorrerão a um capacete Just1 exclusivo decorado com motivos do evento.

As motos serão expostas, com direito a identificação e ficha técnica. A programação também inclui um passeio pelas trilhas e montanhas da região. Além das motos, os pioneiros, simpatizantes e o círculo que envolve o fora de estrada se reúnem para a resenha, com uniforme alusivo especialmente desenhado, regada à tradicional culinária mineira, shows e reminiscências.

O evento também marca o segundo ano de inauguração do Ecomuseu, também no Bar do Marcinho, dedicado à memória e cultura do fora de estrada, com acervo que inclui troféus, vestuário, literatura, motos, etc. Informações: (31) 98858-1060.

Yamaha

Duas unidades da moto Yamaha YZF-R1, lado a lado, ambas de frente, em foto de estúdio
A partir de 2024, a Yamaha YZF-R1 deixará de ser pdoduzida Foto: Yamaha/Divulgação

O fim de uma era. A Yamaha não vai mais produzir a superesportiva YZF- R1, que se transformou em moto dos sonhos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Quando foi apresentada no Salão de Milão de 1997 para ser comercializada em 1998, assombrou o mundo com seu design de faróis afilados e performance, com motor de 20 válvulas e quadro DeltaBox em alumínio, elevando o nível do segmento.

A partir de 1º de janeiro de 2025, quando entram em vigor as normas de emissões Euro 5+, seriam necessários vultuosos investimentos para adequar o motor de quatro cilindros em linha Crossplane às novas exigências. Além disso, o motor iria perder desempenho. Opção descartada pela Yamaha.

Até o final de 2024, no entanto, a R1 e sua versão R1M equipada com suspensões Ohlins, eletrônica avançada e carenagens em fibra de carbono continuam na praça. A partir daí, a Yamaha, em comunicado de 22 de fevereiro, afirma que só vai continuar produzindo o modelo para as pistas, incluindo o apoio do programa GYTR. Genuine Yamaha Technology Racing, com peças e equipamentos.

A YZF-R1 atual (permanece sem alterações significativas desde 2015) tem carenagem inspirada na M1 que disputa o Mundial de MotoGP motor de 998 cm3 com sequência de ignição desigual (Crossplane) que fornece 200 cv. A eletrônica tem unidade de medição inercial (IMU) de seus eixos, modos de pilotagem, controle de tração, de largada, de frenagem ABS, quick shifter, luzes em led e painel em TFT. A Yamaha R1 foi comercializada no Brasil até 2016.

Honda

Honda CBR 1000RR-R Carbon Edition de frente, estacionada, em foto de estúdio
Honda CBR 1000RR-R Carbon Edition terá apenas 300 exemplares numerados Foto: Honda/Divulgação

O Brasil faz parte do seleto grupo de países que comercializam oficialmente a superesportiva CBR 1000RR-R Fireblade, e sua versão SP. A Fireblade (Lâmina de fogo) lançada em 1992 foi sendo modernizada ao longo dos mais de 30 anos, a ponto de na última edição (inspirada na RC213V de competição) ser classificada como RR-R ou “Triplo R”.

A letra R, de Racing ou corrida, traduz o nível de esportividade pretendido pelo modelo. No Brasil, os quatro cilindros em linha do motor fornecem 216,2 cv de potência e 11,5 kg de torque, além de muita eletrônica.

A Honda inglesa foi além: preparou o modelo CBR 1000RR-R Fireblade Carbon Edition. Uma tiragem de apenas 300 unidades, numeradas, equipadas com peças em fibra de carbono e decoração toda preta em contraste com a suspensão dianteira dourada e os escape Akrapovic em titânio cinza. O logotipo HRC, Honda Racing Corporation fica em destaque. A carenagem intermediária e inferior são em fibra de carbono, assim como os pára-lamas, a tampa do filtro de ar e as asas aerodinâmicas que reduziram o peso em 1 kg.

Mulher

No mês da mulher, a Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, elaborou um estudo identificando a relação entre as mulheres e as motocicletas no Brasil. Com dados cruzados da Senatran e IBGE (Secretaria Nacional de Trânsito e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou um crescimento de 69,5% de mulheres motociclistas em 10 anos. Em 2014 eram 5.586.855, e em 2024 já são 9.468.705.

O público feminino cresce a taxas maiores que o público masculino, que no mesmo período expandiu em 38%. Porém, o público feminino representa 24.5% entre todos os habilitados na categoria A.

A categoria de motocicletas preferida pelas mulheres é a de motoneta, com 58% das compras, seguida pelos scooters, com 31%. Entre todos os estados da federação, incluindo o Distrito Federal, o que representa o maior índice de mulheres habilitadas em termos proporcionais (população dividida pelo número de habilitadas) é a Rondônia, com 31,9%, seguida de Santa Catarina, com 27.6% e Mato Grosso com 24,6%. Curiosamente, o menor índice é do Rio de Janeiro, com 3,1%.

Em termos absolutos, São Paulo lidera com 2.823.669 motociclistas, seguido por Santa Catarina com 842.530 mulheres motociclistas, Paraná com 741.448 e Minas Gerais com 678.630. O menor número é do Amapá, com 19.218 motociclistas.