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Fábrica da Volkswagen em Taubaté vai parar por falta de chips

Unidade é a única responsável pela produção do novo Polo Track

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Fábrica da Volkswagen em Taubaté
Fábrica da Volkswagen em Taubaté Foto: Fábrica da Volkswagen em Taubaté

Chegou a hora de a única fábrica da Volkswagen que não havia sido fechada no fim de fevereiro, por falta de semicondutores, ter suas atividades paralisadas. Segundo a AutoData, a planta de Taubaté (SP) precisará, em breve, também interromper sua produção no fim do mês.

A informação foi confirmada pela fabricante, que emitiu a seguinte nota:

A Volkswagen do Brasil confirma a adoção de 10 dias de férias coletivas na fábrica de Taubaté, a partir de 27 de março de 2023, para manutenção na linha de produção da unidade e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes. A ferramenta faz parte do pacote de flexibilidade previsto em Acordo Coletivo com o Sindicato e trabalhadores da Volkswagen.

Volkswagen do Brasil

Essa fábrica da Volkswagen localizada na região do Vale do Paraíba é a responsável pela produção do recém-lançado Polo Track, uma versão simplificada do Polo 2023 que foi projetada para substituir o Gol no portfólio da montadora. O hatch saiu de linha após 42 anos de produção.

Linha de produção do Gol na fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP) na década de 1980
Fábrica de Taubaté (SP) produziu o Gol desde o lançamento, em 1980

VW não é a única: crise dos semicondutores se arrasta desde o início da pandemia

Em meio à crise dos semicondutores, a Volkswagen deu férias coletivas a funcionários de três das suas quatro fábricas no Brasil no fim de fevereiro. A suspensão da produção durou dez dias e afetou as unidades de São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e São Carlos (SP).

 A distribuição dos chips na indústria sofreu um gargalo durante a pandemia de Covid-19 e até hoje não se estabilizou. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 250 mil veículos deixaram de ser produzidos no país em 2022 por conta da falta dos componentes eletrônicos.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, estão em estudo medidas como a redução de tributos, a diminuição da burocracia relativa à importação de matéria prima e o estímulo ao treinamento de profissionais qualificados. Assim, será possível atrair maior investimento estrangeiro em fábricas de chips do Brasil.

A Volkswagen não é a única afetada pela ausência de semicondutores. Fiat, Chevrolet e outras marcas também já interromperam a produção de veículos nos últimos anos pelo mesmo motivo.

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