Uma das produções postulantes ao Oscar de melhor filme em 2023 tem um nome familiar para a indústria automobilística: Top Gun: Maverick. É esse o apelido do personagem de Tom Cruise na obra cinematográfica, que, no caso, é um capitão da Marinha dos Estados Unidos. E o mesmo termo batiza também dois carros da Ford, sendo um cupê da década de 1970 e uma caminhonete atual. Mas, por que?
Embora não exista uma relação direta entre os veículos da Ford e o personagem do filme que disputa o Oscar 2023, o fato é que tanto a indústria automobilística quanto a cinematográfica, provavelmente, escolheram esse nome pelo mesmo motivo.
Afinal, a palavra Maverick originalmente designava bois sem a marcação do ferrete e, consequentemente, sem propriedade clara. Porém, com o tempo, esse termo passou a ser usado para se referir a pessoas de pensamento livre, sem submissão a ideologias ou religiões, por exemplo. Já deu para entender a referência, certo?
No caso da Ford, a escolha do nome Maverick dá a entender que o carro é fora do comum, livre de conceitos previamente estabelecidos. A franquia Top Gun possivelmente escolheu o mesmo termo por motivos semelhantes: afinal, o personagem de Tom Cruise é um rebelde, que não aceita facilmente as subordinações da carreira militar.
Assista ao trailer de Top Gun: Maverick!
Top Gun: Maverick no Oscar 2023
Top Gun: Maverick recebeu cinco indicações ao Oscar 2023: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Som, Edição e Efeitos Visuais, além de Melhor Canção Original por “Hold My Hand”, de Lady Gaga. A entrega das estatuetas está marcada para o dia 12 de março e terá Jimmy Kimmel como mestre de cerimônia.
Carros, logicamente, não têm protagonismo na obra. Os aviões de caça F/A-18 e F-14 Tomcat é que são os verdadeiros coadjuvantes, em especial nas cenas de ação. Porém, um automóvel também tem destaque em algumas tomadas: o Porsche 911 S ano 1973 de Penny, personagem de Jennifer Connelly, namorada de Maverick.
Sobre o Ford Maverick
O primeiro Ford Maverick chegou em 1973, ano marcante para o mercado brasileiro, que teve vários lançamentos. A versão esportiva GT, com motor V8, agradou pelo desempenho, mas o restante da gama não fez sucesso. Os problemas eram o espaço traseiro limitado da carroceria cupê e os péssimos números de consumo e performance do outro propulsor disponível, um 3.0 de seis cilindros de origem Willys.
Nem a substituição do obsoleto 3.0 por um (então) moderno 2.3 de quatro pistões fez as vendas do Ford Maverick decolarem. No fim das contas, o modelo saiu de linha precocemente em 1978, com cerca de 100 mil unidades produzidas. Mais de quatro décadas depois, o nome ressurgiu em uma caminhonete, que desembarcou no país em fevereiro de 2022.
Com porte intermediário, menor que o da Ranger, a atual Maverick marcou a entrada da Ford no segmento das picapes intermediárias, dominado pela Fiat Toro. Até o momento, tal qual o antecessor, a caminhonete têm registrado baixo volume de vendas: o provável motivo é o preço mais alto que o da concorrência. Tomara que a sequência de Top Gun tenha melhor sorte no Oscar 2023.
O VRUM já testou o Ford Maverick: assista ao vídeo!
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