O mercado de carros importados é bem mais volátil que o dos nacionais. Afinal, a comercialização deles depende de fatores mais flutuantes, como a taxa de câmbio e a tributação. Consequentemente, vários veículos estrangeiros acabam tende carreira muito curta no Brasil: alguns são até desconhecidos por uma parcela significativa dos consumidores.
E o listão de hoje é justamente sobre esses carros importados obscuros. Entraram na relação apenas modelos comercializados de maneira oficial ao Brasil. Veículos que chegaram ao país somente por meio de importação independente ficaram de fora, já que esse tipo de operação, por si só, já é, logicamente, bem mais limitado em volume. Confira!
1- Alfa Romeo 147
De todos os carros da linha de importados da Alfa Romeo, o 147 é o mais raro. Menos de 100 unidades do modelo chegaram ao Brasil enquanto o modelo esteve à venda, entre 2002 e 2005. Foi um dos últimos produtos oferecidos pela marca, que, em 2006, encerrou as atividades por aqui.
2- Chevrolet Malibu
O ano era 2010: a Chevrolet lançava o Malibu em resposta ao Ford Fusion, que vinha o obtendo bons resultados comerciais no Brasil. Porém, as vendas do modelo nunca chegaram perto das do concorrente. Isso, em parte, porque o modelo vinha dos EUA, enquanto o rival, proveniente do México, se aproveitava de menor IPI.
As Chevrolet suspendeu as vendas do Malibu em 2012, após comercializar menos de 2.000 unidades. Naquele ano, o fabricante pretendia lançar a geração seguinte, mas desistiu no último momento. Cerca de 100 carros dessa então nova safra, que já haviam sido importados ao país, acabaram vendidos, em segunda-mão, pela rede de concessionárias da marca.
3- Geely GC2
Por si só, a Geely já é uma marca quase desconhecida. Mas ela operou no Brasil por um curto período, entre 2014 e 2016: a representação local coube ao Grupo Gandini. Durante os cerca de dois anos de operação, a marca vendeu apenas 1.019 veículos no país, dos quais a maioria coube ao sedan EC7. Mas houve também o hatch subcompacto GC2, ainda menos vendido por aqui.
4- Lifan X80
Até que a Lifan obteve vendas relativamente boas com o SUV compacto X60. Entretanto, outros carros importados pela marca chinesa tiveram desempenho comercial bastante fraco. O mais desconhecido de todos é o X80, um SUV de sete lugares que chegou em 2018, mesmo ano em que a marca congelou as atividades no Brasil, encerrando-as definitivamente em 2019.
5- Nissan Murano
Muita gente nem sabe, mas a Nissan chegou a comercializar a segunda geração do Murano no Brasil. O lançamento do SUV ocorreu em 2007. Na época, a própria fabricante dizia se tratar de um carro de imagem, sem pretensões de atingir grandes volumes de vendas: a previsão era de vender cerca de 100 veículos por ano. As importações cessaram em 2011.
6- Peugeot 508
Outro dos carros de imagem, importados para servir de vitrine tecnológica e chamar a atenção, e não para fazer volume de vendas, é o Peugeot 508. O sedan chegou ao país em 2012, mas teve o último lote importado já em dezembro do ano seguinte. Ao todo, apenas 292 unidades foram vendidas no país, sendo 65 delas ao longo de 2014.
7- Renault Mégane Coupé Cabriolet
A linha Mégane é mais lembrada pelo sedan e pela perua Grand Tour, mas a gama teve também um conversível. Ao contrário dos demais integrantes da gama, que eram nacionais, o Coupé Cabriolet vinha da França. Desde o lançamento, em 2008, até o fim das importações, no ano seguinte, somente 128 veículos vieram para o Brasil.
A Renault cogitou importar outro integrante da linha Mégane: o RS. Porém, acabou desistindo dessa ideia. Asista ao vídeo e conheça o esportivo!
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8- Seat Cordoba Vario
Quem viveu a década de 1990 deve se lembrar da Seat, marca espanhola que integra o Grupo Volkswagen. A gama era capitaneada pelo sedan Cordoba, uma espécie de clone do Polo Classic. E a perua desse modelo cegou a ser comercializada por aqui, a partir de 1999. Mas durou pouco, já que a empresa encerrou as atividades no país em 2002.
9- Suzuki Ignis
Lembra-se de do Suzuki Ignis? Não? Pois fique tranquilo, já que ele teve vida curta no Brasil: durou só de 2001 a 2003. Era um hatch altinho, com tração dianteira, mas trazia alguns elementos estéticos de veículos off-road. Existem poucas informações a respeito desses carros, inclusive sobre quantos deles foram importados ao Brasil. O certo é que esse volume foi pequeno.
10- Volkswagen Eos
Assim como o Renault Mégane Coupé Cabriolet, o Volkswagen Eos tinha carroceria conversível e capota rígida com acionamento elétrico. A diferença estava sob o capô, já que o modelo de origem alemã vinha com motor 2.0 turbo (o do rival era aspirado). No fim das contas, ambos tiveram destino parecido: o descapotável da Volkswagen permaneceu no Brasil só de 2009 a 2010 e emplacou cerca de 120 unidades.