Atualmente, a Europa é o continente em que há o maior mercado de produção de airbags de cortina. Mas, com o aumento da aceitação e necessidade do consumidor pelo dispositivo de segurança, uma das maiores fornecedoras de peças automotivas do mundo, a ZF, finalizou o processo de nacionalização da produção de airbags de cortina. 

Além do modelo de airbag frontal, de aplicação obrigatória em todos os novos veículos desde 2014, e do lateral, o airbag de cortina passa a ser produzido no Brasil. É um tipo de airbag feito para proteger a cabeça dos ocupantes da frente e de trás em caso de capotamento ou colisão. O componente é instalado na parte superior interna do veículo, coberto pelo revestimento do teto. A depender do projeto, pode partir da coluna A e se estender até a coluna C e, quando preenchido, atua na proteção da cabeça em decorrência de eventuais impactos.

Desde 2021, a fábrica da ZF de montagem de sistemas de segurança passiva, ativa e eletrônicos, localizada em Limeira (SP), passou a produzir airbags laterais. Em janeiro de 2023, a unidade passou a implantar duas novas linhas de produção, com inclusão dos airbags de cortina. 

Atualmente, são poucos os modelos equipados com o item, já que normalmente tendem a ser implantados em veículos mais caros. Logo, segundo a ZF, a montagem local é benéfica para facilitar a implantação da tecnologia produzida no país em um número maior de veículos. Além disso, a tendência é que os custos de produção caiam, uma vez que o processo de desenvolvimento se nacionaliza e o tempo para produção e transporte do equipamento é reduzido.

As montadoras cada vez mais exigem tempos menores de desenvolvimento de equipamentos a fim de implantar novidades com maior agilidade. Desta forma, com a produção nacionalizada dos airbags de cortina, inserir os carros com tal equipamento de segurança no mercado se tornaria mais rápido, o que é benéfico para essas empresas.

O fato de ter fornecedores locais ajuda neste processo, mesmo que insufladores continuem sendo importados da Alemanha e as bolsas do México. Porém, apesar da linha de produção ainda contar com matéria-prima estrangeira, certas ferramentas de dobra e inspeção, por exemplo, já se tornaram 100% nacionais.

Para chegar ao nível de produção atual, com a quantidade de maquinário e expertise desenvolvidos, a engenharia de manufatura da ZF aprimorou processos de linhas de montagem da empresa em outros países.

Assim, a mão de obra especializada nesta modernização da produção de airbags de cortina se localiza no país, o que é favorável ao seu desenvolvimento. E a previsão é de que, com essa nova implantação no Brasil, mais empregos sejam criados, pois haverá cada vez mais a necessidade de mais engenheiros de manufatura.

Estima-se que os primeiros airbags de cortina nacionais equipem os carros produzidos no Brasil a partir do fim do ano.

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