Em análise ao comportamento dos motoristas brasileiros, a Empresa Júnior de Estatística da Unicamp (Estat Jr) realizou um levantamento sobre o cenário nacional do trânsito. Além dos registros de multas e frotas por estados, condutores habilitados e número de acidentes, o estudo também procurou entender quais os dias da semana com maior registro.
Em análise ao segundo semestre de 2022, a conclusão é que a sexta-feira foi o dia com maior número de acidentes registrados, sendo 16,7% das ocorrências. Na sequência estão o sábado e a segunda-feira, correspondendo a 14% cada um. Em compensação, o dia com menos ocorrências, estatisticamente falando, é domingo.
Números relativos aos acidentes no Brasil
Em relação aos acidentes de trânsito, observou-se um crescimento de 6,3% no número de ocorrências nos seis meses analisados. Portanto, é possível concluir que o número de acidentes no Brasil aumenta em 1% a cada mês.
Já no que diz respeito aos tipos de acidentes, os dados mais atualizados do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (RENAEST) apontam que o acidente de trânsito mais recorrente é a colisão, representando 16,9% das ocorrências.
Acidentes por gênero
Tipos
Ainda com base na análise da Unicamp, os pesquisadores concluíram que as proporções de acidentes com envolvidos do sexo masculino são maiores. Porém, em alguns tipos específicos de acidente, a frequência muda dependendo do gênero envolvido, podendo variar entre vítima, motorista ou até mesmo pedestres.
Essas ocorrências podem ser observadas nos casos de colisão, por exemplo, nas quais 231.333 ocorrências envolviam homens e 85.962 envolviam mulheres. Neste caso, acidentes envolvendo homens são 69% mais frequentes que aqueles com mulheres.
Ainda levando em consideração o gênero, no mesmo período de análise, a quantidade de engavetamentos envolvendo o gênero feminino aumentou em 31,1%. Enquanto, no lado masculino, o maior aumento ocorreu no número de colisões, com 20,1% a mais de ocorrências.
Faixa etária
Outra questão analisada com base no gênero foi a relação entre o número de ocorrências e a faixa etária. De acordo com a pesquisa, a proporção de acidentes envolvendo homens com até 39 anos é mais expressiva do que no caso feminino.
Além disso, foi possível concluir que, a partir dos 40 anos, a frequência dessa parcela da população envolvida em acidentes é cada vez menor. O maior número de registros ocorre na faixa dos 18 a 39 anos, enquanto aqueles envolvendo crianças e adolescentes entre 1 a 17 anos se aproximam do que ocorre na faixa dos 70 anos.
No geral, os registros aumentaram de 3% a 7% em cada faixa etária, com o maior aumento, de 7,2%, na faixa entre 40 a 44 anos. No lado feminino, os maiores aumentos se deram na faixa dos 70 aos 79 anos, por volta de 10,5%. No lado masculino não houveram aumentos tão expressivos, ficando na faixa de 6%.
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