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Dieselgate

Mercedes paga mais US$ 150 milhões em novo acordo do Dieselgate nos EUA

Acerto com autoridades de 48 estados dos EUA encerra mais um capítulo do escândalo de emissões envolvendo veículos a diesel da marca

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Mercedes-Benz C200 Avantgarde
Mercedes-Benz C200 Avantgarde Foto: Mercedes-Benz/Divulgação

A Mercedes-Benz voltou a ser atingida pelos desdobramentos do Dieselgate. O caso envolve a manipulação dos sistemas de controle de emissões para atender aos testes ambientais oficiais, mas com desempenho muito diferente em condições reais de uso.

A montadora alemã firmou um novo acordo com autoridades de 48 estados dos Estados Unidos, além de Porto Rico e do Distrito de Columbia, que prevê o pagamento de cerca de US$ 150 milhões para encerrar ações civis relacionadas ao uso de softwares irregulares em veículos a diesel vendidos no país. 

Mercedes-AMG GT 63 S E PERFORMANCE
Mercedes-AMG GT 63 S E PERFORMANCE Foto: Divulgação/Mercedes-Benz

De acordo com as investigações, determinados modelos a diesel da Mercedes foram equipados com os chamados defeat devices, programas capazes de reconhecer quando o carro estava sendo submetido a testes laboratoriais e, assim, reduzir temporariamente as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx).

Fora desse cenário controlado, os veículos podiam emitir níveis de poluentes muito acima dos limites legais estabelecidos nos Estados Unidos, prática semelhante à revelada no escândalo que atingiu o Grupo Volkswagen em 2015.

O acordo estabelece que parte significativa do valor será destinada aos estados norte-americanos para iniciativas de mitigação da poluição do ar. Outra parcela está vinculada a programas de reparo, recompra ou retirada de circulação dos veículos afetados, além de compensações financeiras aos proprietários que realizarem as atualizações técnicas exigidas. Também estão previstas garantias estendidas para os sistemas de emissões dos carros corrigidos.

Os processos envolvem mais de 200 mil veículos a diesel vendidos entre 2008 e 2017, incluindo sedãs, SUVs e vans da marca. Embora a Mercedes-Benz não admita irregularidades de forma explícita, o acordo encerra mais uma frente judicial relevante nos EUA, somando-se a penalidades e acertos anteriores já firmados pela empresa em outros mercados.