O novo levantamento do Ranking de Competitividade dos Estados reacendeu uma discussão que acompanha quem vive da estrada: a influência direta da qualidade viária na segurança e na produtividade dos motoristas profissionais. O estudo, elaborado pelo Centro de Liderança Pública com base em dados da Confederação Nacional do Transporte, aponta que São Paulo, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal concentram as melhores rodovias do país em 2025.
Nos estados destacados pelo estudo, há rodovias que se tornaram referência em qualidade e regularidade de manutenção. Em São Paulo, trechos como a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), a Dom Pedro I (SP-065), a Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP-070), Rodovia dos Imigrantes (SP-160) e a Rodovia dos Tamoios (SP-099) aparecem entre os mais bem avaliados do país. Em Sergipe, corredores como a SE-230, parte renovada da BR-235, e a SE-270 se destacam pela boa conservação. No Mato Grosso do Sul, vias estratégicas como a BR-163, a BR-262 e a MS-306 são reconhecidas por oferecer pavimento de qualidade e maior segurança. O Rio de Janeiro concentra uma das melhores estradas do Brasil, a ViaLagos (RJ-124), além de trechos bem avaliados da RJ-116 e da BR-101. No Distrito Federal, a DF-003, a DF-001 e trechos das BR-020 e BR-040 formam uma malha curta, porém bem cuidada, reforçando a importância da manutenção contínua mesmo em regiões de menor extensão.
Esses corredores rodoviários são mais do que rotas eficientes. Para quem trabalha dirigindo caminhões por longas distâncias, eles representam menos desgaste, menor risco de acidentes e mais previsibilidade nas operações. A percepção de quem vive esse cenário é clara. “Quando uma rodovia recebe manutenção de verdade, o motorista sente na hora. Em trechos bem cuidados, o caminhão roda melhor, o consumo de combustível melhora e o risco de acidentes cai. É uma diferença real para quem vive na estrada”, afirma José Ronaldo Marques da Silva, o Boizinho, presidente do Sindicato Nacional dos Cegonheiros.
A rotina de transporte de veículos novos depende diretamente da qualidade dessas estradas. Rotas como as de São Paulo e Mato Grosso do Sul funcionam como espinha dorsal do deslocamento entre fábricas, centros de distribuição, portos e concessionárias. Onde há pavimento regular, sinalização adequada e monitoramento constante, o planejamento logístico flui com mais segurança e eficiência.
Márcio Galdino, diretor do Sinaceg, reforça que a infraestrutura impacta não apenas o trabalho do motorista, mas toda a cadeia automotiva. “Quando encontramos uma malha bem estruturada, com pavimento regular e sinalização clara, todo o sistema funciona melhor. O motorista ganha tempo, reduz desgaste físico e mantém a carga mais protegida. Isso beneficia o profissional, as montadoras e o consumidor final”, explica.
O sindicato destaca que a manutenção contínua é o ponto de partida para os bons resultados. A combinação de conservação permanente, tecnologias de monitoramento e gestão eficiente demonstra que a qualidade da rodovia pode orientar decisões econômicas e reduzir custos operacionais, prevenindo avarias e ampliando a segurança em cada etapa da viagem.
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