A GAC quer atrair todos os olhares no próximo Salão do Automóvel de São Paulo. De acordo com a Autoesporte, além de apresentar novos modelos elétricos, a marca chinesa vai exibir ao público uma de suas apostas mais ousadas: os veículos voadores desenvolvidos pela submarca Govy, dedicada à chamada mobilidade de baixa altitude.
A Govy trabalha hoje com dois modelos aéreos e pelo menos um deles estará no estande da GAC. O AirJet, lançado no mercado internacional em 2024, utiliza um sistema de asas compostas que combina a eficiência de voo de uma asa fixa com a praticidade da decolagem vertical obtida em plataformas multirrotor. Construído majoritariamente em fibra de carbono, material que compõe mais de 90% da estrutura, o modelo alcança velocidade máxima de 250 km/h e percorre mais de 200 km por carga. A recarga completa leva cerca de 30 minutos e deve ficar ainda mais eficiente com a futura adoção de baterias de estado sólido, que ampliarão a autonomia para aproximadamente 400 km.
O interior do AirJet traz uma configuração de assentos no formato 1+1+X e um teto iluminado que simula um céu estrelado. O pacote de segurança reúne monitoramento em tempo real, sistemas redundantes de controle de voo e energia, conectividade 5G-A, integração com a rede de satélites Beidou e sensores de detecção de obstáculos.
Outro destaque da divisão aérea da GAC é o AirCab, apresentado recentemente e considerado o primeiro veículo voador autônomo multirrotor do mercado. O modelo também utiliza fibra de carbono em mais de 90% de sua estrutura, acomoda dois ocupantes e opera com baterias de alta densidade que podem ser recarregadas totalmente em 25 minutos. Entre os recursos embarcados estão um sistema inteligente de prevenção de colisões em baixa altitude, monitoramento remoto contínuo, processos de autodiagnóstico via nuvem e precisão de navegação com margem de erro inferior a 0,1 grau.
Projetado para rotas turísticas e deslocamentos curtos, o AirCab se encontra em processo de certificação e deve iniciar testes na China em uma rota que envolve Hong Kong e Macau. A previsão é que as primeiras unidades sejam entregues no final de 2026.
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