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GM quer encerrar projetos de hidrogênio e focar totalmente em elétricos

Montadora desativa silenciosamente a divisão Hydrotec e aposta todas as fichas na eletrificação a bateria

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Chevrolet Bolt 2027 azul e vermelhos estacionados
Chevrolet Bolt 2027 azul e vermelhos estacionados Foto: Divulgação/Chevrolet

A General Motors decidiu encerrar de forma silenciosa seus projetos relacionados à tecnologia de hidrogênio, encerrando a operação da divisão Hydrotec e direcionando todos os esforços para o desenvolvimento de veículos elétricos a bateria, como é o caso do recém lançado Spark e o Bolt. A medida marca uma mudança estratégica importante na empresa, que agora concentra seus investimentos exclusivamente na eletrificação tradicional.

Criada para explorar soluções com células a combustível, a divisão Hydrotec desenvolvia projetos variados, desde o conceito SURUS (Silent Utility Rover Universal Superstructure) até caminhões de mineração e estações móveis de geração de energia. No entanto, o alto custo da tecnologia e a falta de infraestrutura adequada acabaram inviabilizando o avanço da iniciativa.

Chevrolet Spark EUV chega ao Brasil para enfrentar modelos da BYD
Chevrolet Spark EUV chega ao Brasil para enfrentar modelos da BYD Foto: Divulgação/Chevrolet

Atualmente, os Estados Unidos contam com apenas 61 estações de hidrogênio em operação, número muito inferior aos mais de 250 mil pontos de recarga elétrica de nível 2 ou superior disponíveis no país. Essa disparidade pesou na decisão da GM, que vê maior potencial de crescimento e aceitação de mercado nos carros elétricos a bateria.

Apesar do encerramento dos projetos voltados à mobilidade, a General Motors não abandonará completamente o hidrogênio. A marca seguirá com investimentos pontuais em nichos como transporte pesado, mineração e geração estacionária de energia, além de manter a parceria com a Honda para o desenvolvimento de células a combustível voltadas a aplicações fixas.

Com a decisão, a GM se alinha a uma tendência crescente na indústria automotiva, em que montadoras priorizam a eletrificação total e reduzem a aposta em tecnologias consideradas mais complexas e de retorno incerto como o hidrogênio no curto e médio prazo.