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Toyota encerrará produção do Corolla em Indaiatuba a partir de 2026

Mudança histórica marca fim de um ciclo de 28 anos e integra plano de R$ 11 bilhões com foco em eletrificação

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Corolla GR-Sport 2025
Corolla GR-Sport 2025 Foto: Divulgação/Toyota

A Toyota vai encerrar a produção do Corolla sedã em sua fábrica de Indaiatuba (SP) no segundo semestre de 2026. A decisão faz parte de um plano maior de reestruturação da marca no Brasil, que prevê investimentos de R$ 11 bilhões até 2030 para ampliar a produção de veículos eletrificados, modernizar processos e lançar novos produtos.

Com quase três décadas de operação e mais de 1,2 milhão de unidades do Corolla produzidas, a planta de Indaiatuba enfrenta limitações técnicas e operacionais. Entre os principais entraves estão a cabine de pintura, que ainda opera com solventes e demandaria uma paralisação de até seis meses para adequação ambiental, e o projeto da linha de montagem em nível elevado, que prejudica a ergonomia e dificulta a contratação de mulheres.

Toyota Corolla na linha de produção
Toyota Corolla na linha de produção Foto: Divulgação

A produção do Corolla será transferida para a nova fábrica que está sendo construída ao lado da unidade de Sorocaba, onde já são montados modelos como Yaris, Corolla Cross e Yaris Cross. Com 160 mil m² e capacidade para 100 mil veículos por ano, a nova planta foi pensada desde o início para atender aos padrões mais modernos da indústria, com foco em produtividade, sustentabilidade e inclusão.

Além da nova geração do Corolla, prevista para 2026, a estrutura deve abrigar também um inédito utilitário híbrido flex com tração 4x4, que atuará no segmento de picapes intermediárias.

Para garantir a continuidade do time, a Toyota já contratou mais de 500 funcionários para a nova unidade e promete treinar e realocar grande parte da força de trabalho de Indaiatuba. A expectativa é que, até 2030, a planta de Sorocaba atinja 2.000 colaboradores — com pelo menos 50% de mulheres entre os profissionais.

O plano da Toyota inclui ainda a nacionalização de mais componentes e a consolidação do Brasil como polo estratégico de produção de veículos eletrificados para a América Latina. O Corolla seguirá sendo produzido localmente, mas com um novo endereço e papel central na transição energética da marca japonesa no país.