O preço dos carros no Brasil apresentou um salto elevado na última década e não há previsão de se tornarem mais acessíveis. Esse movimento das fabricantes, porém, fortaleceu o mercado de seminovos e principalmente o setor de manutenção automotiva, que cresceu 52,5% segundo dados da Oficina Brasil.
De acordo com a empresa, a média de carros atendidos por mês nas oficinas saltou de 80 em 2020 para 122 em 2024. De acordo com o Diretor Executivo da Oficina Brasil, André Simões, além do preço mais elevado de carros novos, o interesse pela manutenção passa por uma mudança na mentalidade do brasileiro.
“Percebemos que o brasileiro está mais atento à importância da manutenção preventiva. Em vez de encarar como gasto, os motoristas passaram a enxergar a manutenção como um investimento essencial na longevidade e segurança do veículo”, explica o executivo.
Além das oficinas, o crescimento do interesse na manutenção fortalece também o setor de autopeças. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o faturamento do setor cresceu 13,3% em 2024, em comparação com o ano anterior.
Em contrapartida, a redução na compra de carros novos ocasiona o envelhecimento da frota brasileiro. Em 2023, a média de idade dos carros leves no país passou a ser de 11,5 anos.
Enquanto carros mais antigos demandam de mais manutenção, o que também fortalece o setor de oficinas e autopeças, esses modelos também tendem a emitir mais poluentes na atmosfera.
No Brasil, as leis de emissões de gases poluentes estão se enrijecendo. A ampla adoção de motores turbo nos últimos anos e o movimento recente de introdução de motores híbridos e híbridos-leves são reflexos dessas novas leis.
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