O Papa Leão XIV, eleito na última quinta-feira (8) após o conclave que marcou a saída de Francisco, já tem um novo carro esperando o pontífice. O papamóvel do Papa Leão XIV será um Mercedes-Benz Classe G elétrico que foi entregue ao Vaticano em dezembro de 2024. Com preço de 142 mil euros (cerca de R$ 895 mil), esse modelo G 580 é personalizado à mão na Alemanha e na Itália, traz assento giratório, teto removível e adaptações para cadeira de rodas.
A história do papamóvel começou em 1980, quando João Paulo II desfilou na Alemanha num Mercedes 230 G adaptado, ganhando o apelido que conhecemos hoje. Com 4,39 m de comprimento e 102 cv, esse pioneiro tinha cúpula de vidro removível e iluminação especial para destacar o pontífice.
De lá pra cá, a parceria com a Mercedes se firmou, passando por modelos como o G 500 de Bento XVI em 2007 e o usado por Francisco. Antes dos SUVs, limusines como o Mercedes 300 Landaulet dos anos 1960 levavam os papas, mas a altura dos jipões trouxe mais proximidade com os fiéis — uma mudança que virou marca registrada.
O ataque a João Paulo II em 1981 fez com que a Mercedes adicionasse vidros à prova de balas e reforços na estrutura, um padrão que segue até hoje. O novo G 580 elétrico mantém essa segurança, mas foca em sustentabilidade. Seus quatro motores – um por roda – entregam 118 kgfm de torque e aceleram de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos, mas claro, o uso papal é feito em baixa velocidade.
A bateria de 116 kWh garante autonomia, e um “truque” cria marcha reduzida para terrenos off-road. A pintura branca perolizada e a placa SCV 1 (“Stato della Città del Vaticano”) fazem ter o estilo clássico dos Papamóveis, enquanto o assento ajustável e a porta traseira customizada ajudam no acesso.
E não é só a Fórmula 1 que está atrás de zerar as emissões de carbono até 2030, o Vaticano também quer e já faz isso com o Papamóvel e outros modelos utilizados pelo pontífice.
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