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Chevrolet fecha fábricas em dois países da América do Sul

Multinacional encerra a produção de veículos na Colômbia e no Equador

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Chevrolet produzia unicamente a linha Joy na Colômbia
Chevrolet produzia unicamente a linha Joy na Colômbia Foto: Chevrolet/Divulgação

A General Motors (GM), detentora da marca Chevrolet, anunciou o fechamento de duas fábricas de veículos na América do Sul. Uma delas, batizada de Colmotores, está localizada em Bogotá, na Colômbia, enquanto a outra, de OBB, operava em Quito, no Equador. Por meio de um comunicado enviado às redes de concessionárias locais, a multinacional informa que "transformará os negócios": na prática, seguirá operando em ambos os países apenas como importadora.  

De acordo com a própria GM, as fábricas de OBB e de Colmotores operavam com enorme ociosidade. Na primeira, apenas 13% da capacidade instalada estava sendo utilizada; já na segunda, esse índice era ainda menor, de 9%. Ambas as unidades industriais registravam baixos níveis de nacionalização e se destinavam, majoritariamente, à atividade de montagem de veículos.

As duas fábricas forneciam um único produto cada: da planta localizada no Equador, saía a Isuzu D-Max, uma picape baseada no mesmo projeto da S10 nacional, enquanto a unidade situada na Colômbia produzia o Chevrolet Joy. Cabe esclarecer que esse modelo é o Onix de primeira geração, que deixou de ser vendido no Brasil em 2022.

Ainda segundo o comunicado da Chevrolet, o processo de desmontagem das duas fábricas já está em andamento. Na unidade de OBB, no Equador, a produção de veículos só será encerrada no fim de agosto deste ano. A multinacional, porém, não informou como ocorrerá a desativação da planta de Colmotores, na Colômbia. 

As fábricas na Colômbia e no Equador surgiram das mãos de empresários locais, que produziam veículos Chevrolet sob licença, e acabaram sendo adquiridas pela GM. A multinacional assumiu as operações na unidade de Colmotores em 1979, e na de OBB, em 1981.

A estimativa é de que o fim da produção de veículos resultará na demissão de aproximadamente 450 funcionários no Equador e de 800 na Colômbia. Por sua vez, a empresa alega que desenvolveu um plano de encerramento de contratos de trabalho e de realocação no mercado para os colaboradores de ambos os países.   

E no Brasil?

Chevrolet Tracker sendo produzido na fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP)
De acordo com a multinacional, nada muda nas fábricas brasileiras, que estão recebendo investimentos Foto: Chevrolet / Divulgação

A GM afirma que os fechamentos estão restritos à Colômbia e ao Equador e não afetam as operações nas demais fábricas localizadas no continente, o que inclui as instaladas no Brasil. Por aqui, a multinacional tem unidades industriais em São José dos Campos (SP), São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS), além de uma planta dedicada unicamente à manufatura de motores em Joinville (SC).

Vale lembrar que, no último mês de janeiro, a GM anunciou investimentos de R$ 7 bilhões no país, destinados à modernização das fábricas e à renovação de toda a linha nacional de veículos Chevrolet. Entre as novidades, estão as atualizações de Spin, S10 e Trailblazer. Até 2025, as linhas Onix e Tracker também passarão por reestilizações.