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Ducati Moto E: esportiva elétrica é o começo de uma nova era?

Marca italiana será fornecedora do Campeonato Mundial de Motos Elétricas em 2023, visando o desenvolvimento de novos modelos

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Veículos elétricos substituirão os a combustão também nas pistas de corridas
Veículos elétricos substituirão os a combustão também nas pistas de corridas Foto: Veículos elétricos substituirão os a combustão também nas pistas de corridas

As exigências ambientais e a necessidade de ampliar a utilização das energias renováveis apontam para a substituição dos motores a combustão pela tecnologia elétrica. Uma migração que também atinge os modelos de competição, que são laboratórios avançados, desenvolvendo tecnologias que irão equipar os modelos de rua em um futuro cada vez mais próximo. A tradicional marca Ducati já tomou esse rumo com a Moto E.

Sempre associada às competições e a modelos de alta performance movidos a gasolina, a Ducati deu uma guinada e será a única fornecedora das motocicletas do Campeonato Mundial de Velocidade de Motos Elétricas em 2023, batizado de Copa do Mundo FIM MotoE.

Para tanto, desenvolveu o protótipo Ducati Moto E. O modelo partiu do zero, de uma folha em branco. Porém, contou com a colaboração da engenharia das marcas Porsche, Lamborghini e Audi, que compõem o grupo controlado pela Volkswagen, centralizados na Ducati e na divisão de competições Ducati Corse.

Projeto da Ducati Moto E

O projeto da Moto E ganhou o código de V21L em Borgo Panigale, sede da Ducati na Itália. Desenho e pintura foi desenvolvido pelo Ducati Style Center. O trem de força foi resultado de muita pesquisa e parceria com colaboradores.

A bateria com carcaça de fibra de carbono e capacidade de 18 KW/h fica na parte central da Ducati Moto E, para concentrar as massas, e pesa 110 kg. Reúne 1152 células cilíndricas do tipo “21700” com tomada de carregamento de 20KW e faz parte do quadro, reduzindo as dimensões.

Uma das particularidades da Ducati Moto E é o sistema de refrigeração da bateria. O arrefecimento líquido garante uma temperatura constante, permitindo melhor desempenho a recarga imediata, mesmo logo após o uso. Em 45 minutos, 80% da carga é reposta.

Potência

O motor elétrico da Ducati Moto E, com peso de somente 21 kg e tensão de 800V, entrega 110 KW (com energia fornecida pela bateria), que correspondem a 150 cv, e um torque de 14,3 kgfm. A diferença é que o torque está 100% disponível o tempo todo no arco de rotações, que vai a nada menos que 18.000 rpm.

Além disso, a Ducati Moto E conta com inversor com apenas 5 kg, derivado dos carros de alta performance. O resultado é que o modelo atinge 275 km/h de velocidade, e todo o conjunto pesa 225 kg: 12 a menos que o regulamento.

Com a potência e, especialmente, o torque sempre disponíveis, a eletrônica foi adicionada para que a Ducati Moto E não fique incontrolável. Assim, o piloto tem assistência de controle de tração, de wheelie, de derrapagens e mapeamento do motor.

Assistência

A Ducati, com o seu primeiro modelo elétrico, realça que a experiência vai resultar em tecnologia para novas motocicletas comerciais para uso diário. Uma tendência irreversível, mesmo com seu DNA de competições e motores a combustão.

Os outros sistemas de assistência à pilotagem da Ducati Moto E são comuns.Os freios contam com duplo disco de 338,5 mm na dianteira (para suportar maior peso), com pinças Brembo radiais. Na traseir,a disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça Brembo.

A suspensão dianteira da Ducati Moto E tem garfo Ohlins invertido com 43 mm de diâmetro, derivado da Superleggera V4. A suspensão traseira é do tipo mono, Ohlins, em balança de alumínio, com 4,8 kg. Ambas são plenamente ajustáveis. O sistema também conta com amortecedor de direção Ohlins.

Assista ao vídeo e conheça melhor a Ducati Moto E:

https://www.youtube.com/watch?v=Nl6JEUMa9BM