A taiwanesa Kymco (Kwang Yang Motor Company), fundada em 1964, há exatos 60 anos, produzindo motos e scooters (de 1982 a 2003 foi uma joint venture com a Honda), tem uma rede mundial de distribuição. No Brasil desde 2017, a Kimco é comercializada pela JTZ Motors, que também representa as marcas Suzuki, Haojue, Zontes e Hisun. A JTZ havia mostrado o scooter Downtown 350 durante o Festival Interlagos, em julho de 2023, apenas como teste de aceitação e mercado.
Agora, a marca anuncia que vai trazer oficialmente os scooters Downtown 350 e AK500 em sua versão Premium.. O modelo AK 550 já é comercializado no Brasil desde 2020. A JTZ, porém, não informou as datas de lançamento e se as duas versões do scooter vão conviver no mercado. O Downtown 350 tem motor de um cilindro, 321cm³, que rende 29cv a 7.500rpm e torque de 3,1kgfm a 6.000rpm. Um dos grandes atrativos do Downtown 350 é o espaço sob o banco, que comporta até dois capacetes.
O anunciado AK500 Premium, embora já tenha em sua linha o AK 550, deve seguir a mesma direção. Motor com dois cilindros arrefecido a líquido, cerca de 50cv, dois modos de pilotagem, controle de tração, painel com conectividade e indicador de pressão dos pneus. Entre as mordomias, traz aquecimento de manoplas em três níveis, tomada USB, banco com ajuste lombar, espaço sob o banco com iluminação, chave inteligente e farol em LED. Os freios são Brembo com ABS Bosch. A suspensão dianteira é invertida com 41mm de diâmetro e 120mm de curso em roda de liga leve com aro 15 polegadas. Atrás, sistema mono com dupla câmara.
Honda nas competições
Pelo 46º ano consecutivo, a Honda Brasil apresenta seu time de competições. As equipes de motocross, Rally, Enduro e Motovelocidade, porém, também contam com pilotos estrangeiros que vieram para cá e pilotos brasileiros que disputaram temporadas no exterior e voltaram, estabelecendo o intercâmbio de dois sentidos. Este é o caso do time de motocross, que conta com o francês Stephen Rubini e o equatoriano Jetro Salazar. Os brasileiros são Gustavo Pessoa, Bernardo Tibúrcio e Vitor Borba, além do chefe de equipe Reinaldo Almeida. Na motovelocidade, Eric Granado, que disputou o mundial de superbike, foi repatriado. Guilherme Brito e João Carneiro com o chefe de equipe Reinaldo Campos completam o time.
Na equipe de enduro, Bruno Crivilin, que disputou o mundial de enduro, também foi repatriado. Os pilotos Vinicius Calafati, Alexandre Valadares e Bárbara Neves fecham o time com o chefe de equipe Fernando Silvestre. A equipe de rally tem o americano Mason Klein e o argentino Martin Duplessis ao lado dos brasileiros Gabriel Soares e Tiago Wernersbach e o chefe de equipe Dário Júlio. A Honda tem ainda a equipe satélite JP Motocross, com o chefe de equipe João Paulo Camargo e os pilotos Hector Assunção, Franco Lavecchia e Tatá Castro. Além das equipes oficiais, a Honda também patrocina campeonatos como o Rally dos Sertões e o Enduro da Independência, por exemplo.
Chinesa Kove
Fundada em 2017, a marca de motos chinesa Kove priorizou o mercado interno. Os planos de internacionalização incluíram participação no Salão de Milão de 2022 e 2023, além de disputar o Rally Dakar de 2024 com o modelo Kove 450 Rally. Um dos pilotos da marca, o californiano Mason Klein (atualmente piloto oficial Rally Honda Brasil), chegou em terceiro na etapa 2. A primeira participação no Dakar foi uma meta traçada por Xue Zhang, fundador da marca, ampliando a visibilidade mundial e robustez do modelo. A Kove também produz motos de 1, 2 e 4 cilindros entre 125cm³ e 800cm³, para os segmentos superesport, cross, enduro, adventure, scrambler, além de scooter e motos elétricas. O modelo 450 Rally veio para o Brasil com o propósito de obter homologação e possíveis acordos de importação e montagem.
São duas versões. A versão High, com banco a 960mm, e a Low, com banco a 910mm do solo. O motor é DOHC com um cilindro, 449cm³ e arrefecimento líquido, com radiador de óleo. A potência é de 51,7cv a 9.500rpm e o torque 4,1kgfm a 7.000rpm. A suspensão dianteira tem tubos de 49mm e 260mm de curso na versão Low e 305mm na versão High. Na traseira, sistema mono com 250mm para a Low e 300mm para a High. Ambas são ajustáveis.
Os freios das motos têm disco de 290mm na dianteira e 240mm na traseira com ABS, que pode ser desligado na roda de trás. O peso com a moto abastecida é de 145 kg. Os equipamentos de série são: painel em TFT de cinco polegadas com conectividade, iluminação em LED, tomada USB e protetor em carbono. O preço na Itália é de 8.990 euros. Tem ainda a versão Pro, que acrescenta a torre para o road-book, escape em titânio, amortecedor de direção, faróis auxiliares e reservatório de água. Porém, não tem chave, ABS e retrovisores. A versão EX é ainda mais preparada para competições.
A elétrica FSD 59
O estúdio de design Frank Stephenson Design (FSD) apresenta no Salão de Genebra, na Suíça – 26 de fevereiro e 3 de março –, o futurista protótipo de moto elétrica FSD 59. O modelo tem banco, pedaleira e guidão ajustáveis. A suspensão, com amortecedor horizontal, liga os sistemas dianteiro e traseiro. A aerodinâmica foi estudada, com carenagem envolvente e um curioso para-brisa escamoteável, como uma espécie de capô que abre e fecha, conforme a velocidade, sobre o que seria o tanque de combustível. A FSD 59 utiliza materiais nobres na composição, porém, é egoísta. Só tem lugar para o piloto.
Vazaram os preços
A nova BMW R 1300 GS, carro-chefe da marca alemã, lançada mundialmente no fim de 2023, também está sendo produzida no Brasil, em Manaus, Amazonas. A fábrica brasileira é a única fora da Alemanha, exclusivamente de motos. O lançamento nacional será no início de abril. Porém, os preços, até então mantidos em segredo, vazaram. São cinco versões. A BMW R 1300 GS vai ter preço sugerido de R$ 99.900. A versão R1300 GS Plus custa R$ 118.900. A BMW R 1300 GS Trophy, R$ 118.900, e a versão R 1500 GS Triple Black, também R$ 118.900. A versão topo de linha, R1300 GS Option 719 Tramuntana, R$ 126.900.
Socorro
O Centro Cultural Movimento (CCM), localizado na cidade de Socorro (SP), abriga a história do motociclismo no Brasil. Exibe em sua exposição permanente, a linha do tempo da implantação da cultura motociclística nacional. O acervo reúne motos históricas, de competição do passado, motos nacionais, scooters, troféus de importantes pilotos, vestuário, capacetes, depoimentos, fotos, documentos, literatura etc.
Também promove encontros, passeios, palestras e shows. Tudo isso na antiga estação ferroviária de Socorro (Praça Rachid José Maluf, 83), que tem inclusive restaurante anexo. Em homenagem à semana da mulher, de 6 a 10 de março, o Centro Cultural Movimento abre as portas gratuitamente para as mulheres que também poderão conhecer as histórias das pioneiras do motociclismo brasileiro.
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