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Nissan Livina: 10 motivos para querer ter uma na garagem

Minivan foi produzida e vendida no Brasil por apenas cinco anos, mas é boa opção de carro confortável, principalmente para quem precisa de mais espaço

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A Nissan Livina foi lançada no mercado brasileiro em março de 2009
A Nissan Livina foi lançada no mercado brasileiro em março de 2009 Foto: A Nissan Livina foi lançada no mercado brasileiro em março de 2009

O mercado brasileiro já teve uma boa gama de opções de minivans. Em 2009, por exemplo, a Nissan lançou a Livina em um mercado onde, de fato, ainda figuravam outros monovolumes. Com o apelo de espaço interno generoso e variante de sete lugares, a minivan Nissan Livina era mais uma opção autêntica de carro familiar.

Nissan Livina modelo 2009 cor champanhe de lateral no calçamento estática
A minivam tem 4,18 metros de comprimento, 1,69m de largura, 1,57m de altura e 2,60m de distância entre-eixos

A Nissan Livina conviveu com outras minivans. À época do lançamento, o mercado brasileiro abrigava Chevrolet Meriva e Zafira, Citroën Xsara Picasso, Fiat Idea, Renault Scénic, e ainda iria receber Chevrolet Spin e Citroën C3 Aircross. A favor do modelo da Nissan, motores bem dispostos, o que ajuda a minivan a ser uma boa opção entre os usados.

Veja agora 10 fatos sobre a Nissan Livina que podem te ajudar a se decidir por um usado.

1 – A trajetória da minivan da marca japonesa

A Nissan Livina foi apresentada globalmente no Salão Internacional de Guangzhou (China), em 2006. No Brasil, deu o ar da graça no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo de 2008. Projeto de baixo custo para os tais mercados emergentes, a minivan fazia sucesso em países como China e África do Sul e no Sudeste Asiático.

Primeiro modelo flex da marca no mundo e com desenho sem grandes inspirações, a Nissan Livina foi produzida em São José dos Pinhais (PR) como parte da aliança entre a japonesa e a Renault. O carro usava a plataforma global B da montadora nipônica, a mesma que servia à minivan Note.

O lançamento da Nissan Livina se deu em março de 2009, com a variante Grand Livina lançada três meses depois naquele mesmo ano. Com versatilidade e ótimo espaço interno, chegou com os motores 1.6 e 1.8 que a acompanharam na linha por toda a vida.

Em 2011, passou por um discreto face-lift e, em 2012, por sua única reestilização. Ao longo de cinco anos, teve direito à versão aventureira e série especial, até deixar de ser produzida em 2014.

2 – Como é o desempenho da Nissan Livina?

Um dos fatos interessantes sobre a Nissan Livina é que ela foi uma das mais potentes de sua época entre as minivans compactas. As versões de entrada eram equipadas com o motor 1.6 16V de origem Renault, que desenvolve 108cv com etanol e 106cv com gasolina, associado à caixa manual de cinco marchas.

O desempenho é condizente com a proposta familiar do carro e com seu peso superior a 1.100kg. As acelerações são competentes e um destaque fica por conta do torque de 15,3kgfm (e)/14,9kgfm (g) disponíveis antes das 4.000rpm, o que facilita um pouco o monovolume a encarar ladeiras.

Com o 1.8 16V, a Nissan Livina fica discretamente mais esperta. São 126cv com etanol e 125cv, com gasolina – e 17,5kgfm de torque a 4.800rpm com ambos os combustíveis. Com este propulsor, a adoção do câmbio manual de seis marchas facilitou as arrancadas, com as primeiras relações mais curtas, enquanto a sexta faz as vezes de uma espécie de overdrive.

Nas versões automáticas, a performance é atrapalhada um pouco justamente pela transmissão de quatro velocidades. Ganha-se em conforto, mas perde-se em rendimento, especialmente nas retomadas, com o câmbio indeciso em médias e altas rotações.

Nissan Grand Livina modelo 2009 cor prata sete lugares cofre do motor estática no calçamento
O motor 1.8 16V gera 126cv com etanol e 125cv, com gasolina – e 17,5kgfm de torque a 4.800rpm com ambos os combustíveis

3 - Espaço interno é um dos pontos fortes da minivan

É o mais importante fato da Nissan Livina e seu grande atrativo. Com 4,18 metros de comprimento, 1,69m de largura, 1,57m de altura e 2,60m de distância entre-eixos, a minivan da marca japonesa é uma das mais espaçosas de sua categoria à época.

Motorista desfruta de posição elevada de dirigir e todos os ocupantes têm bom vão para pernas e cabeças. A boa altura aumenta a percepção de espaço e ainda facilita o acesso à cabine. A Nissan, inclusive, fez questão de destacar as dimensões internas da Livina no seu lançamento para mostrar como, de fato, era o destaque do modelo.

Na régua da fabricante, são 87 centímetros de espaço para o motorista, levando-se em consideração a área que vai dos pedais até a bacia do condutor (conhecido como ponto H na engenharia automotiva). Já os viajantes do banco traseiro têm 58cm para pernas (do ponto H até as costas dos encostos dianteiros).

O porta-malas da Nissan Livina também merece aplausos. São 449 litros de volume e 769 litros com o rebatimento do banco traseiro na configuração cinco lugares. Só no comprimento, o espaço para bagagens contabiliza 85cm.

Nissan Grand Livina modelo 2009 cor prata sete lugares de frente estática no calçamento
A Nissan Grand Livina, com sete lugares, também foi lançada em 2009

4 – Para quem precisa de mais assentos: opção de sete lugares

Como dito, um dos fatos mais importante em relação à Nissan Livina é que ela teve sua variante de sete lugares. Chamada de Grand Livina, tem 24cm a mais no comprimento para abrigar os dois bancos extras.

Verdade que o acesso aos assentos da terceira fila não são uma maravilha, e que o espaço ali, apesar da boa altura, é mais indicado para crianças. São apenas 37cm de vão para pernas do ponto H até a parte traseira do encosto da segunda fila.

Com os bancos extras rebatidos, contudo, a Nissan Grand Livina dispõe de 589 litros de volume no porta-malas. Com a segunda fila rebatida, sobe para 964 litros. O compartimento de cargas ainda tem um espaço extra sob o assoalho, com 85cm de largura, 30cm de profundidade e 18 litros de capacidade.

5 – Os vacilos que não passam despercebidos

Mesmo para um projeto da segunda metade dos anos 2000 e feito para mercados emergentes, a Nissan Livina tem alguns fatos que depõem contra sua essência de minivan versátil. O banco do motorista, por exemplo, não tem ajuste de altura, assim como o cinto de segurança dianteiro.

Outra economia passível de crítica é a ausência de um indicador de temperatura do motor e até de um simples computador de bordo. O acabamento também é bastante simples, com plástico e revestimentos que aparentam baixa qualidade, e o isolamento acústico é sofrível.

6 - Versão aventureira para os que gostam de estilo diferente

A Nissan Livina não escapou da onda aventureira. Em 2010, o monovolume feito no Paraná estreou a versão X-Gear, para concorrer não só com a Fiat Idea Adventure, mas também com station wagons, como Volkswagen SpaceCross, Peugeot 207 Escapade e Fiat Palio Adventure.

Porém, ao contrário da maioria dos pseudo off road, a Nissan Livina não recebeu nova calibragem na suspensão ou aumentou a altura em relação ao solo (mantida em 16,5cm). De diferente mesmo, só os apliques estéticos.

Estão lá os para-choques com desenho diferente e molduras nas cores preta e prata. Há também acabamentos escurecidos nos para-lamas e na parte inferior das laterais, e as as rodas de liga leve aro 15 polegadas são exclusivas. A Nissan Livina X-Gear foi vendida com os dois motores da gama: 1.6 e 1.8.

Nissan Livina modelo 2009 cor vermelho versão X-Gear de frente no asfalto
A versão X-Gear tinha a pretensão de ser de estilo aventureiro

7 - Série especial da minivan com mais conteúdo

Com exibição no Salão de São Paulo de 2010, a Nissan Livina teve uma série especial em sua trajetória. Batizada de Night & Day, foi posicionada entre as versões S e SL. Visualmente, traz rodas de liga leve exclusivas, grade cromada e faixa na tampa do porta-malas com o nome da edição.

Além do rack funcional no teto, a Nissan Livina Nigh & Day oferece, entre os equipamentos, ar-condicionado, airbag duplo frontal, direção elétrica, bancos recestidos em couro, trio e som com CD Player. Limitada a mil unidades, foi vendida apenas com motor 1.6 16V e nas cores preta (Night) e prata (Day).

8 – Qual é a boa safra do Nissan Livina?

Indicamos as últimas fornadas da minivan. Na linha 2014 (lançada em meados de 2013), por exemplo, toda a linha ganhou freios ABS como item de série. Além disso, são modelos mais recentes e que tendem a ser mais bem conservados.

Uma pedida é a Nissan Livina 2014 na versão SL 1.8 automática. Foi uma das mais recheadas da história da minivan no Brasil. Além dos airbags frontais e do ABS, é equipada com ar-condicionado automático, chave presencial e bancos revestidos em couro.

Completam a lista trio elétrico, ajuste de altura do volante, banco traseiro bipartido e rebatível e som com CD player. Nos principais sites de compra e venda de carros, os preços da Nissan Livina SL 1.8 AT 2013/2014 oscilam entre R$ 33 mil e R$ 40 mil.

Nissan Livina modelo 2010 cor prata versão Night anda Day de frente na grama
A série especial Night & Day tem rack de teto e pacote de itens de série mais recheado

9 – As despesas de manutenção e peças da minivan

A Nissan Livina segue o padrão da marca de manutenção simples e relativamente em conta. Prova disso é que, atualmente, uma revisão dos 60 mil quilômetros na rede de concessionárias custa pouco mais de R$ 800.

Além disso, as peças têm valores dentro do padrão da categoria. Confira alguns preços de componentes da Nissan Livina 1.8:

  • Jogo de pastilhas de freio dianteiro: de R$ 120 a R$ 170
  • Kit com quatro velas de ignição: de R$ 250 a R$ 300
  • Kit troca de óleo (5 litros 10W40 + filtro): de R$ 320 a R$ 400
  • Bomba de combustível: de R$ 300 a R$ 500
  • Jogo de amortecedores traseiros: de R$ 640 a R$ 900
  • Farol dianteiro: de R$ 260 a R$ 580
  • Para-choque traseiro: de R$ 450 a R$ 800 (exceto X-Gear)

Nissan Livina modelo 2012 cor prata de frente vermelho de lateral cinza escuro de frente no asfalto
Em 2012, a Nissan Livina passou por sua primeira reestilização, mas saiu de linha em 2014

10 - Principais problemas da Nissan Livina

A suspensão da Nissan Livina costuma ser um fato que causa dor de cabeça aos proprietários da minivan. Por isso, vale dar uma checada com carinho em amortecedores, molas, buchas, batentes e bandeja.

Ao testar o carro, se ouvir estalos vindos da coluna central, esqueça. A origem do problema estava na movimentação indevida das chapas de aço da estrutura monobloco e o proprietário não deve ter atendido à indicação da Nissan, que executou pontos extras de solda na rede de concessionários em carros cobertos pela garantia.

Outros fatos em relação à Nissan Livina que merecem atenção dizem respeito ao radiador (o sistema de arrefecimento é selado) e filtro de ar, esse porque a troca da peça dá trabalho e muitos donos deixavam de executá-la. Veja também se a correia dentada das versões 1.6 foram substituídas dentro dos prazos.

A Nissan Livina teve um recall feito em 2017. O chamado envolve todas as unidades produzidas no Brasil durante os cinco anos para troca do gerador de gases do airbag do motorista.

O VRUM já testou o Chevrolet Spin Activ, concorrente da Nissan Livina. Confira!

https://youtu.be/tUGoIelDtCg

Confira outros vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion: lançamentos, testes e dicas