A Fiat demorou a voltar a ter um SUV para chamar de seu. Porque bem antes dessa nova leva de compactos (Pulse e Fastback), a marca italiana teve um utilitário-esportivo, lançado em 2011 como linha 2012: o Fiat Freemont.
O SUV derivado do Grupo Chrysler tem conforto de sobra e opção de sete lugares, o que não deixa de ser um diferencial. Além disso, a despeito do pouco motor para seu tamanho, tem uma lista de equipamentos bem farta. Confira 10 fatos sobre o Fiat Freemont.
1 – Fiat Freemont, uma cópia do Dodge Journey
O Fiat Freemont foi um dos primeiros produtos da sinergia da Fiat Chrysler Automóveis (FCA ). A fusão tinha sido formada anos antes e depois concluída com a compra da norte-americana pela italiana, em 2014.
Em 2011, a montadora italiana resolveu então pegar o Dodge Journey produzido no México e colocar o seu emblema. Assim nasceu o Fiat Freemont, que no Brasil chegou na linha 2012 apenas com motor quatro cilindros e preços abaixo dos do irmão, que era importado desde 2007.
O grupo Stellantis tem outra opção de SUV de sete lugares. Confira o teste!
2 – Como era o desempenho do SUV grandalhão?
Isso significa que no lugar do motor V6 do Journey, a Fiat optou por equipar o Freemont com o 2.4 16V – mesmo que foi usado pelo modelo retrô Chrysler PT Cruiser. Mas não espere desempenho vigoroso.
Pelo contrário, os 172cv do quatro-cilindros do Fiat Freemont são suficientes apenas para tirar da inércia os 1.850kg do utilitário-esportivo. O câmbio automático de quatro marchas – que acompanhava o modelo nos primeiros anos – atrapalha ainda mais.
Mas, mesmo com o advento da transmissão de seis velocidades, na linha 2014, o SUV mexicano da Fiat ainda deixa a desejar. Ganha um pouco mais de precisão nas trocas, melhores acelerações, mas nada exemplar.
3 – Um beberrão inveterado
O acerto do conjunto mecânico e o peso cobram na bomba do posto. Nas tabelas 2012 e 2013 do PBEV, o Fiat Freemont anota médias de 7,2km/l na cidade e, na estrada, fica em 10,8km/l. Na avaliação do Inmetro, nota D na categoria e no comparativo geral.
4 – Bem na fita quando o assunto é conforto
É o grande apelo do utilitário-esportivo médio. Com quase 2,90 metros de distância entre-eixos e quase 5m de comprimento, espaço é o que não falta no Fiat Freemont. Motorista tem posição de dirigir mais elevada e folgas para joelhos e ombros. A ergonomia é boa e apenas os comandos do som ficam afastados.
O banco da segunda fila é capaz de acomodar três adultos normais, sem restrições para cabeças e pernas – e ainda é corrediço e reclinável. O acabamento é correto em boa parte do tempo, apesar de um pouco inferior na qualidade dos materiais se comparado ao Journey.
O freio de estacionamento por pedal causa estranheza, mas lembre-se que o carro é oriundo de um projeto voltado para o mercado dos EUA. Mas o Fiat Freemont compensa com suas bossas, como os assentos de elevação embutidos nas pontas dos bancos da segunda fileira, que viram boosters funcionais para levar crianças de 4 a 7 anos.
5 – Um SUV espaçoso de sete lugares
Pois é, o Fiat Freemont tem a versatilidade dos sete lugares em sua versão topo de linha, a Precision. O acesso aos bancos extras não é dos mais complicados e os lugares acomodam crianças e até adultos que não sejam jogadores profissionais de basquete – mas aí em viagens mais curtas.
6 – Como é a dinâmica do Fiat Freemont?
Os carros pensados para o mercado estadunidense têm uma calibragem tradicionalmente mais suave da suspensão – independente na frente e atrás. O Fiat Freemont herda isso, com um acerto de amortecedores e molas que atuam mais no conforto.
O resultado é que o Fiat Freemont tem aquele comportamento que a gente chama de "banheirão''. O SUV "quica" nos buracos mais severos das ruas brasileiras e passa uma sensação de “flutuação” em velocidades maiores. Nas curvas, contudo, a carroceria aderna pouco.
7 – Indicamos a boa versão do SUV médio
A nossa dica é o Fiat Freemont 2012 na versão Precision, que era a topo de linha. Na segurança são seis airbags, controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, freios a disco nas quatro rodas, sensor de ré, retrovisor eletrocrômico, Isofix e monitoramento de pressão dos pneus.
No conforto, o ar-condicionado automático oferece três zonas independentes de regulagem. Completam a lista retrovisores externos com desembaçador e rebatíveis eletricamente, chave presencial, banco do motorista com ajustes elétricos e aquecimento, regulagens de altura e de profundidade do volante, controle de cruzeiro, som com entrada USB, CD player e Bluetooth, rodas de liga leve e sensor de luminosidade.
É facil achar exemplares com teto solar e bancos revestidos em couro, então opcionais. Os Fiat Freemont 2012 Precision têm preços entre R$ 50 mil e R$ 60 mil nos principais sites de compra e venda de veículos.
8 – Manutenção que pode pesar no bolso
O custo de manutenção do Fiat Freemont 2012 reflete suas origens Dodge. As revisões eram recomendadas pela fabricante italiana a cada 12.500 quilômetros, mas as peças são caras. Confira os valores de alguns componentes:
- Jogo com quatro pastilhas dos freios dianteiros: de R$ 230 a R$ 310
- Kit com quatro velas de ignição: de R$ 100 a R$ 150
- Bomba de combustível: de R$ 1.200 a R$ 2 mil
- Kit troca de óleo (5 litros de 5w30 + filtro): de R$ 330 a R$ 480
- Jogo com dois amortecedores traseiros: de R$ 1 mil a R$ 1.400
- Farol dianteiro:de R$ 1.200 a R$ 1.500
- Para-choque traseiro: de R$ 2.400 a R$ 3.500
9 – Principais problemas do Fiat Freemont
O Fiat Freemont desde a linha 2012 tem um problema crônico no módulo do ABS, que inclusive motivou um recall que pode ser conferido mais abaixo. Além disso, há relatos de problemas frequentes no motor de arranque, no sistema de entretenimento e na transmissão.
10 – Recalls que já foram feitos para o SUV médio
- para troca da tampa de fixação do motor em modelos feitos entre 2011 e 2015
- para vedação do chicote do sistema ABS em SUVs fabricados de 2013 a 2015
- para troca da fiação do volante de Fiat Freemont de 2012 e 2015
- para atualização da central da injeção eletrônica em unidades produzidas em 2014 e 2015
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