Na reestilização de 2016, já como a linha 2017, a S10 ficou com a frente muito parecida com a da norte-americana Colorado
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
Pode-se dizer que a Chevrolet S10 abriu uma nova fase para as picapes médias no Brasil. Lançada em 1995, era baseada na norte-americana Colorado e logo se tornou uma das mais desejadas e vendidas da categoria.
Em sua segunda geração, a Chevrolet S10 revelou ser um veículo com boas capacidades de carga e para o off-road, impulsionada pelo motor turbodiesel. Assim como também um carro funcional para a rotina do motorista e o lazer da família.
O vão livre do solo é de 22,8cm e o ângulo de ataque é de 30,7 graus, enquanto a capacidade de reboque é de 750kg
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
Vamos focar nesta segunda geração da picape da General Motors para trazer 10 fatos importantes sobre a Chevrolet S10 nas variantes turbodiesel, que são ótimas opções de veículo versátil no mercado de usados.
A segunda geração da Chevrolet S10 foi lançada em fevereiro de 2012, com opções de motores flex e turbodiesel. Esta última logo teve a potência aumentada e passou a trabalhar com câmbio manual de seis marchas, no lugar da caixa de cinco – além da opção de transmissão automática.
Em 2014, foi a vez de a Chevrolet S10 ganhar mais uma opção de motor flex, com injeção direta. As variantes movidas a etanol e a gasolina também receberam a mesma caixa manual de seis velocidades.
Na linha 2017, a primeira reestilização na Chevrolet S10 trouxe a reboque novos equipamentos, sistema OnStar e direção com assistência elétrica. Ao longo dos últimos anos, a picape estreou séries especiais, uma versão aventureira Z71 e passou por um leve face-lift em 2020.
Recentemente, o modelo passou por uma atualização mais profunda. Mudou faróis, capô, grade dianteira, para-choques, para-lamas, tampa traseira, bancos e revestimento interno. Também ganhou nova calibragem na suspensão.
A versão LTZ tem bom pacote de equipamentos de série
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
2 - Frente da Colorado
Na reestilização de 2016, já como a linha 2017, a Chevrolet S10 ficou com a frente muito parecida com a da norte-americana Colorado. Os faróis foram redesenhados e o capô recebeu uma cavidade na parte central. A grade frontal ficou maior e o novo para-choque dianteiro deixou a picape com aparência mais parruda.
3 – Desempenho da picape média
A Chevrolet S10 foi uma das primeiras da sua categoria a ter o motor turbodiesel na casa dos 200cv. O motor 2.8 Duramax, que permanece na linha até hoje, tem força suficiente nas arrancadas. O 0 a 100km/h fica na casa dos 10 segundos e o torque máximo de 51kgfm a 2.000rpm resolve as retomadas na estrada, auxiliado pela relativamente ágil transmissão AT de seis marchas.
Além da redução de peso de 35kg, a dinâmica da Chevrolet S10 melhorou um pouco na reestilização de 2016/17. A GM diz que a suspensão foi retrabalhada e recebeu barra estabilizadora mais rígida, além de novos amortecedores e molas com calibragem diferente. Na cabine, coxins também recalibrados.
O motor 2.8 Duramax que permanece na linha até hoje tem força suficiente nas arrancadas
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
4 – Conforto não é ponto forte
Mesmo com todo esse trabalho da engenharia, a Chevrolet S10 sofre do mesmo mal de boa parte das picapes médias. A estrutura de longarinas e a vocação para o transporte de cargas se refletem no conforto. Com a caçamba vazia e em trechos muitos esburacados, o exemplar da GM é meio desengonçado.
Em compensação, a posição de dirigir agrada e há espaço de sobra para pernas e joelhos do motorista. O tratamento acústico foi melhorado e diminuiu o nível de ruído de rodagens e do motor que invade a cabine.
O uso do plástico rígido predomina no acabamento interno, que mescla outros tipos de materiais
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
O espaço traseiro é mais limitado e a posição de sentar reta e com joelhos mais articulados cansa os viajantes. No acabamento, a imitação de metal nas saídas de ar centrais dão um ar mais rebuscado, mas o uso de plástico predomina no ambiente. De qualquer forma, não há sinais escancarados de rebarbas ou fechamentos imprecisos.
5 – Capacidades da Chevrolet S10
Como dito, a picape média serve muito bem ao trabalho. A carga útil nas versões turbodiesel da Chevrolet S10 passa de 1,1 tonelada, uma das maiores da categoria. O vão livre do solo é de 22,8cm e o ângulo de ataque é de 30,7 graus. A capacidade de reboque é de 750kg.
O espaço no banco traseiro é mais limitado e a posição de sentar reta e com joelhos mais articulados cansa os viajantes
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
6 - Nossa dica de versão interessante
Vamos de Chevrolet S10 na versão LTZ 2.8 turbodiesel ano 2017, já com a primeira reestilização desta fase do modelo. A picape tem preços entre R$ 145 mil e R$ 160 mil nos principais sites de compra e venda de veículos (preços apurados na segunda quinzena de abril de 2024).
Na segurança, a Chevrolet S10 LTZ 2017 tem itens interessantes, como os alertas de colisão frontal e de mudança de faixa. Controles de estabilidade, de tração, de descidas e de subidas, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, retrovisor eletrocrômico e monitoramento dos pneus estão entre os itens, mas os airbags se limitam ao duplo frontal exigido por lei.
No conforto, a picape oferece ar-condicionado automático, banco do motorista com ajustes elétricos, acionamento remoto do motor, retrovisores rebatíveis eletricamente, revestimento em couro nos bancos, sensores de luminosidade e de chuva, entre outros. A central multimídia é da segunda geração do MyLink, com tela tátil de oito polegadas e conexão com Android Auto e Apple CarPlay.
Caçamba com proteção de plástico e capota marítima, dois itens fundamentais
Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press
7 - Série comemorativa 100 Years
Em 2017, a GM celebrou o seu centenário na produção de picapes com a série 100 Years. Limitada a 450 unidades, o modelo foi vendido apenas na cor azul Steel – inclusive a gravatinha da Chevrolet, numa referência ao tom da logo naqueles tempos.
Baseada na versão High Country com motor turbodiesel e câmbio automático, a Chevrolet S10 100 Years traz nas laterais das portas o nome da edição e novamente a gravatinha retrô. Dentro, próximo às maçanetas, a numeração da série especial.
8 – Os preços de manutenção
Motor diesel dura, é forte, mas também custa mais para manter. Além disso, uma picape do porte da Chevrolet S10 tem naturalmente componentes com preços mais caros. Confira os valores de algumas peças.
Jogo com quatro pastilhas do freio dianteiro: de R$ 90 a R$ 180
Bomba de combustível: de R$ 350 a R$ 520
Kit troca de óleo (6 litros 5W30 + filtro): de R$ 480 a R$ 600
Amortecedor traseiro: de R$ 550 a R$ 750 (par)
Para-choque traseiro: de R$ 1.400 a R$ 2 mil
Farol direito: de R$ 900 a R$ 1.700
Rodas de liga leve de 18 polegadas calçadas com pneus na medida 265/60 R18
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
9 - Principais problemas da S10
Um dos problemas mais frequentes com a Chevrolet S10 turbodiesel está na caixa automática de seis marchas. São muitos os relatos de trepidações da transmissão e desengate espontâneo do câmbio, além de travamento do sistema.
Fique atento também a discos de freio empenados e desgaste prematuro das pastilhas. Infiltrações na cabine, folgas na direção e central MyLink com falhas na operação também estão na relação de queixas de donos da picape média.
Picape média tem boa capacidade off road, com eficiente sistema de tração nas quatro rodas
Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
10 - Recalls da picape na segunda geração
A Chevrolet S10 na segunda geração foi submetida a duas campanhas de recall, para correção de falhas. A primeira para a substituição do duto de combustível de picapes produzidas entre 2012 e 2014. E a segunda para a troca dos cabos de bateria de unidades fabricadas em 2013.
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