UAI

Carros Dacia (ou Renault) manterão motor a combustão por um bom tempo

É isso o que afirma Denis Le Vot, CEO da Dacia, pertencente ao grupo Renault

Publicidade
Renault Kwid E-tech é o único modelo elétrico da Dacia disponível no mercado brasileiro
Renault Kwid E-tech é o único modelo elétrico da Dacia disponível no mercado brasileiro Foto: Renault Kwid E-tech é o único modelo elétrico da Dacia disponível no mercado brasileiro

A palavra “eletrificação” parece ainda estar, relativamente, distante para Dacia. Isso foi confirmado pelo CEO da marca, Denis Le Vot, que explicou que a estratégia é não desapegar dos motores a combustão - ou térmicos - tão cedo. 

Nesse contexto, é importante ressaltar que a Dacia é uma empresa automobilística romena pertencente ao grupo Renault. A montadora produz modelos que são comercializados em sua maioria no Leste europeu, ou são fabricados em países emergentes com a marca Renault, como no Brasil. 

Sendo assim, apesar do recente lançamento do Renault Kwid E-Tech no mercado brasileiro, os modelos elétricos não serão uma tendência para a Dacia. Pelo menos não a curto prazo.

Por que não eletrificar?

Como explicou Denis Le Vot, os altos custos, ampliados pela pandemia, a crise de chips e a Guerra da Ucrânia tornam a eletrificação algo utópico para os países menos desenvolvidos.

Isso acontece porque, nesses locais, os carros Dacia não são tão modernos e tecnológicos quanto os produzidos pela Renault no primeiro mundo, pois a montadora romena prioriza os baixos custos de produção.

Eletrificar seus carros baratos significa, então, aumentar os custos e, consequentemente, os preços, o que compromete a sua proposta. Dessa forma, segundo Le Vot, a manutenção dos motores térmicos é, portanto, a garantia de que a Dacia preservará seus projetos de menores orçamentos.

“É também por isso que a Dacia existe. Dependendo da rapidez com que o mercado se converte em motores elétricos e do apetite dos clientes, a Dacia está aqui. As duas podem coexistir”.

Denis Le Vot

Sendo assim, de acordo com a direção da empresa romena, os motores a combustão serão mantidos até 2035, se possível.

Já em 2030, a maioria dos países da União Europeia irão bloquear as vendas de carros a combustão, pressionando e impulsionando a Dacia a aumentar a sua eletrificação também.

Diferentemente do Brasil, a Europa acelera rápido com os modelos elétricos. Por isso, mesmo postergando, por agora, a demanda global pelas opções de mobilidade sustentável, no futuro, a Dacia se verá numa sinuca de bico...

O VRUM já testou o Renault Kwid Outsider 2019; assista o vídeo!

https://www.youtube.com/watch?v=DZ_G-UPWXAs&t=34s