Você já passou por uma rua movimentada, viu um painel piscando sua velocidade e pensou: “Será que levei multa?” Se sim, provavelmente cruzou uma lombada eletrônica, um dos métodos mais comuns de controle de velocidade no Brasil. Diferente do que o nome sugere, ela não é uma lombada física, mas um radar esperto que pega motoristas apressados nas áreas urbanas.
O que é a lombada eletrônica?
A lombada eletrônica é um radar fixo que mede a velocidade dos veículos em pontos estratégicos, como perto de escolas, hospitais ou cruzamentos movimentados. Diferente dos radares convencionais, ela tem um painel digital que mostra, em tempo real, a velocidade do carro.
Sensores no asfalto captam o tempo que o veículo leva para passar entre dois pontos, calculando a velocidade instantânea. Se estiver dentro do limite, nada acontece. Se passar, a infração é registrada com foto, placa e dados do carro.
No Brasil, lombadas eletrônicas são comuns em áreas urbanas. Em Recife, por exemplo, a instalação de lombadas eletrônicas cortou em 30% os acidentes entre 2014 e 2016. No mesmo período, a queda no número de feridos foi de 30,6%, segundo a empresa de sinalização Rotaflux. Mas cuidado, nem toda lombada eletrônica é bem sinalizada.
Como funciona a tolerância?
A lombada eletrônica segue as mesmas regras de tolerância dos radares, definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
- Até 100 km/h: Tolerância de 7 km/h. Exemplo: em uma via de 40 km/h, você só leva multa acima de 47 km/h.
- Acima de 100 km/h: Tolerância de 7% do limite. Numa rodovia de 120 km/h, a multa vem acima de 128,4 km/h. Porém não existe lombada eletronica em uma via de 100 km/h, o uso aqui é para exemplo.
As multas dependem de quanto você ultrapassa o limite:
- Até 20% acima: Infração média, R$ 130,16, 4 pontos na CNH.
- De 20% a 50% acima: Infração grave, R$ 195,23, 5 pontos.
- Mais de 50% acima: Infração gravíssima, R$ 880,41 (multiplicada por 3), 7 pontos e suspensão da carteira.
Em 2023, o Brasil registrou 3 milhões de multas por excesso de velocidade, aumento de 132% em relação a 2022. Para evitar surpresas, apps como Waze já avisam sobre lombadas eletrônicas como radares mesmo, mas sempre é preciso ficar de olho, e claro, andar na velocidade da via.
Diferenças entre lombada eletrônica e radar
Embora pareçam primos, lombada eletrônica e radar têm diferenças. A lombada eletrônica é focada em áreas urbanas com pedestres, como zonas escolares ou hospitalares, e sempre tem um painel visível. Radares convencionais, por outro lado, aparecem em qualquer via, de ruas a rodovias, e nem sempre mostram a velocidade em tempo real.
Segundo a Rotaflux, dados mostram uma queda de 70% nas infrações após um ano de uso de lombadas eletrônicas, além de ajudar a evitar três mortes e 34 acidentes todo ano.
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