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Sem carenagem

Suzuki GSX-S 1000: quatro também é bom

A modernizada naked GSX-S 1000 manteve o motor de quatro cilindros em linha, mas incorporou eletrônica e um visual excêntrico de mini faróis sobrepostos

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Modelo naked passou por reestilização em 2023, trazendo mudanças no visual e no conteúdo
Modelo naked passou por reestilização em 2023, trazendo mudanças no visual e no conteúdo Foto: Mario Villa Escusa/Suzuki/Divulgação

O motor de quatro cilindros em linha não sai de moda e desperta admirável fascínio. Esta é a arquitetura do propulsor do renovado modelo Suzuki GSX-S 1000 com embalagem naked, que chegou ao Brasil em 2023. A motocicleta havia passado pela última modernização em 2015. Agora ganha uma nova ergonomia, novo painel, visual futurista, com faróis em LED do tipo canhão empilhados e muita eletrônica no motorzão de 999cm³, que entrega 152cv a 11.000rpm e torque de 10,8kgfm a 9.250rpm.

Suzuki GSX-S 1000 modelo 2024 preta de frente lateral estática no estúdio
Na ergonomia da Suzuki GSX-S 1000, o quadro em alumínio, com dupla viga, também é derivado da superesportiva GSX-R 1000 Foto: Mario Villa Escusa/Suzuki/Divulgação

A nova Suzuki GSX-S 1000, porém, não perdeu a essência. Uma naked (pelada, sem carenagens) para curtir o motor, que manteve a pegada do tipo soco na boca do estômago nas acelerações, com adrenalina de série. Este mesmo motor é derivado dos quatro cilindros em linha que já equipou a superesportiva GSX-R 1000 de gerações passadas, devidamente adaptado para as novas atribuições. Mais torque em baixos giros e menor potência em alta. Funções que incluem o uso diário, englobando o trânsito das cidades.

Mudanças gerais

Na ergonomia da Suzuki GSX-S 1000, o quadro em alumínio, com dupla viga, também é derivado da superesportiva GSX-R 1000, porém, o guidão ficou 23mm mais largo e posicionado mais próximo ao piloto em relação à geração anterior. Ao contrário da superesportiva, a posição de pilotagem é natural e mais confortável, com o corpo mais em pé, sem sofrimento e com o vento na cara.

Suzuki GSX-S 1000 modelo 2024 preta detalhe do painel digital estática no estúdio
O painel tem tela digital retangular em LCD com fundo azul, onde piloto pode conferir várias informações Foto: Mario Villa Escusa/Suzuki/D.A Press

O problema é a velocidade. Sem carenagem e para-brisa, características das nakeds, a aerodinâmica da Suzuki GSX-S 1000 fica prejudicada ao enrolar o cabo. Situação amplamente descontada nas cidades. Para viagens, a Suzuki também trouxe a versão GT (GSX-S 1000 GT) com mesmo conjunto mecânico, mas, carenagem, para-brisa e bolsas laterais. O banco fica a 815mm do chão, oferecendo bom apoio para os pés na hora de parar, embora o tanque mais largo, com capacidade para 19 litros, seja uma leve barreira para segurar os 214kg de peso, já abastecida.

O painel da Suzuki GSX-S 1000 em tela digital retangular em LCD é cheio de informações e tem luz de fundo azul. O conta-giros é do tipo barra. Tem também o computador de bordo (dados de consumo), posição das marchas, relógio, temperatura da água, voltagem da bateria, medidor do combustível e nível das escolhas e regulagens eletrônicas selecionadas. Porém, não tem conectividade com o celular, uma tendência que facilita muito a vida do piloto.

Eletrônica na Suzuki GSX-S 1000

Os quatro cilindros em linha, DOHC com 16 válvulas, receberam nova caixa do filtro de ar, novo sistema de escape, com ponteira de saída baixa e o pacote eletrônico Suzuki Intelligent Ride System (SIRS) com três modos de pilotagem. Modo A, para tocadas mais esportivas, com potência e torque máximos e respostas mais rápidas do acelerador. Modo B, com respostas mais lineares do motor, privilegiando a autonomia e controle. E modo C, com motor mais progressivo, para pisos escorregadios, por exemplo.

Suzuki GSX-S 1000 modelo 2024 preta detalhe do farol duplo estática no estúdio
Modelo tem estilo moderno, com faróis quadrados sobrepostos Foto: Mario Villa Escusa/Suzuki/D.A Press

Além disso, tem o Suzuki Drive Mode Selector (SDMS) que seleciona os três modos de pilotagem, integrados ao controle de tração com cinco níveis de atuação. Para passar as marchas, o câmbio de seis velocidades tem o quick shift de duas direções, que também pode ser desativado. Tem ainda um assistente de baixas rotações, que não deixa o motor “apagar”, assistente de partida e sistema de embreagem deslizante, para manter a estabilidade nas reduções de marchas mais esportivas.

Detalhes da ciclística

Como na superesportiva GSX-R 1000, da qual é derivada, a balança da suspensão traseira é em alumínio. O amortecedor tem regulagem de retorno e pré-carga, com 130mm de curso. A suspensão dianteira da Suzuki GSX-S 1000 é invertida, Kayaba, com 120mm de curso, ajustável na compressão, retorno e pré-carga. As rodas são em liga leve, com aro de 17 polegadas de diâmetro (mais ágeis) calçados com pneus de medidas 120/70 e 190/55 de características cidade e estrada.

Suzuki GSX-S 1000 modelo 2024 preta detalhe da roda dianteira estática no estúdio
As rodas são em liga leve, com aro de 17 polegadas de diâmetro, com duplo disco de freio Foto: Mario Villa Escusa/Suzuki/Divulgação

Os freios seguem uma pegada esportiva. Na dianteira, duplo disco de 310mm de diâmetro, com pinças monobloco radiais Brembo de quatro pistões, e na traseira, disco simples de 250mm de diâmetro com um pistão. Os freios têm o sistema ABS de curvas, também uma tendência, muito útil, e que aumenta a segurança.

Além do vento na cara, figurino das motos raiz, o divertido na pilotagem da Suzuki GSX-S 1000, é abrir o gás nas saídas de curvas e retomadas de velocidade, obrigando o motor de quatro cilindros em linha a trabalhar. Por outro lado, os sistemas eletrônicos ajudam na tarefa de brecar e de ligar o ponto A ao ponto B, com o opcional da emoção. O modelo naked Suzuki GSX-S 1000 tem preço sugerido de R$ 79.600, mais o frete.

Suzuki GSX-S 1000 modelo 2024 preta detalhe da roda traseira e do banco estática no estúdio
Na traseira, disco simples de 250mm de diâmetro com um pistão Foto: Mario Villa Escusa/Suzuki/Divulgação

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