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Fusca 1951 guarda originalidade rara e várias curiosidades de época

"Gela-saco", setas "bananinha", almofadas, janela traseira dividida, motor 1.100 e ignição por manivela. Certamente você vai querer conhecer esse Fusquinha

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Na cor Dove Blue, Fusca 1951 é cheio de curiosidades
Na cor Dove Blue, Fusca 1951 é cheio de curiosidades Foto: Na cor Dove Blue, Fusca 1951 é cheio de curiosidades

Com um Fusca 1951, a ala dos Volkswagen Sedans estava muito bem representada durante o Brazil Classics Kia Show 2022, em Araxá (MG). Trata-se de um veículo extremamente raro, já que o modelo começou a chegar ao Brasil (ainda importado!) em 1950, com pouquíssimas unidades. Mesmo em nível mundial, o Volkswagen Sedan só começou a ser produzido em maior escala em 1949.

Leia aqui a história completa do VW Fusca

O veículo é repleto de curiosidades. Talvez o item mais inusitado seja "gela-saco", que são duas entradas de ar localizadas entre o para-lamas dianteiro e a porta, que, quando abertas, ajudam a refrescar o interior do veículo. Ainda ligado à climatização, as janelas dianteiras do Fusca 1951 não contavam com o quebra-vento. Mas, o recorte dos vidros permitia ter uma pequena entrada de ar mesmo com os vidros semifechados.

No visual, o Fusquinha conta com para-choques mais finos, as setas "bananinha" (que acendem a luz e se abrem), rodas de 16 polegadas sem furos, janela traseira dividida em duas peças (split window), luz de placa diminuta (nariz de bruxa) e lanternas pequenas. A cor é original e se chama Dove Blue.

Interior do Fusca 1951 é cheio de curiosidades

O interior do Fusca 1951 tem volante branco e dois porta-luvas sem tampa. Os instrumentos (velocímetro e relógio) são centralizados e não existe marcador de combustível. Se a gasolina acabar, a solução é abrir uma torneirinha que fica na parede de fogo e liberar a reserva de 5 litros. O vasinho de flores é um acessório de época, assim como duas malas feitas especialmente para encaixar no bagageiro interno (chiqueirinho).

Volta Clássica: Fusca 1971 Martini Racing

Os bancos são revestidos por um tecido apelidado de "pijaminha". O banco de trás tem duas almofadas para apoiar os braços, iluminação e um cinzeiro cromado. O quebra-sol estava disponível apenas para o motorista. Interessante também é o jeito de ligar o motor, girando a chave e em seguida apertando um botão.

O simples fato de abrir o capô desse Fusca 1951 revela outras curiosidades. Para começar, o bocal de abastecimento é mais grosso, com 10 cm. O estepe conta com um cadeado com a marca Volkswagen, acessório de um pós-guerra onde os pneus eram muito visados. O jogo completo de ferramentas Hazet também está ali disponível. Outro acessório, uma espécie de régua era inserida no tanque para saber quanto restava de combustível. O instrumento também informava a autonomia.

Manivela para partida manual do motor

O motor é um "1.100", com 25cv de potência, e traz componentes bem diferentes dos Fuscas que viriam a seguir, como o filtro de ar em formato de "T". O veículo ainda guarda a manivela para fazer o motor ligar "no braço", solução encontrada para lugares de clima frio, onde a bateria de 6V não dá conta do recado.