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Carro popular: quem levou a melhor com incentivo do governo?

Em um papo reto sobre o plano de incentivo fiscal concedido pelo governo federal, Boris Feldman e Enio Greco falam sobre quem se deu bem com a redução dos preços dos carros

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Assista o Estúdio VRUM e confira o que Boris Feldman diz sobre o plano de incentivo fiscal do governo
Assista o Estúdio VRUM e confira o que Boris Feldman diz sobre o plano de incentivo fiscal do governo Foto: Assista o Estúdio VRUM e confira o que Boris Feldman diz sobre o plano de incentivo fiscal do governo

O plano de incentivo fiscal implementado pelo governo federal para conceder descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil a carros com preços de até R$ 120 mil já chegou ao fim. Tinha a previsão inicial de se estender por quatro meses, mas a cota de R$ 500 milhões estabelecida foi esgotada em pouco mais de um mês. O governo liberou mais R$ 300 milhões para pessoa jurídica e no final foram vendidas cerca de 125 mil unidades. Foi pouco para um plano que tinha a pretensão de trazer de volta o carro popular, de dar aos menos endinheirados a oportunidade de comprar um carro zero.

Mas não foi bem isso que se viu. O trabalhador assalariado continua tendo dificuldades para comprar um carro zero, que mesmo com a redução de preços proporcionada pelo plano de incentivo do governo ficou na faixa dos R$ 59 mil. Preço que não combina com o chamado carro popular. Principalmente se considerarmos que os juros de financiamento ainda continuam proibitivos, dificultando ainda mais a compra de carro novo por parte dos menos favorecidos financeiramente.

No Estúdio VRUM, Boris Feldman comenta o assunto e revela quem se deu bem com esse plano de incentivo fiscal implementado pelo governo. Ele afirma que os principais beneficiados foram as locadoras, que, com dinheiro nas mãos, se aproveitaram da redução de preços e abasteceram seus estoques, comprando a maior parte dos carros dentro do valor disponível.

Para o Boris, esses preços praticados durante a vigência do plano ainda estão longe de significar a volta do carro popular. Ele lembra que com juros a 13,75% ao ano fica difícil para as pessoas mais pobres poderem voltar a sonhar com um carro zero na garagem.

Mas o problema vai além, pois, de acordo com Boris Feldman, o carro popular vendido na década de 1990 era mais pelado e não tinha tantas exigências quanto a emissões de poluentes e equipamentos de segurança. Os modelos de hoje custam mais caro porque são obrigados a atender exigências da legislação vigente. Ele conclui que os preços podem até baixar com o aumento do volume de vendas, mas jamais chegarão perto do que foi no passado.

O certo é que o plano de incentivo fiscal terminou, o carro mais barato no Brasil voltou a ter preço de R$ 68.990 em os juros continuam elevados. Pobre do trabalhador que ainda sonha em comprar seu carro popular. Muitos já perderam a esperança e estão migrando para o mercado de seminovos e usados, que também subiu de preços. Mas isso é assunto para um outro no Estúdio VRUM.

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