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Carro novo: está cada vez mais difícil ter um na garagem

Algumas montadoras suspenderam a produção em suas fábricas por falta de componentes, mas, principalmente, por baixa demanda, visto que os carros estão caros

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O Renault Kwid é atualmente o modelo mais barato do mercado brasileiro, por R$ 68.190
O Renault Kwid é atualmente o modelo mais barato do mercado brasileiro, por R$ 68.190 Foto: O Renault Kwid é atualmente o modelo mais barato do mercado brasileiro, por R$ 68.190

Desde fevereiro, algumas montadoras suspenderam a produção em suas fábricas sob a alegação da falta de componentes, principalmente, semicondutores. Mas os problemas evoluíram e a baixa procura pelo carro novo passou a ser o principal motivo para que alguns fabricantes concedessem férias coletivas para seus funcionários. No Papo de Estúdio de hoje, Boris Feldman e Enio Greco falam sobre os preços elevados dos carros e as altas taxas de juros que inviabilizam os financiamentos.

O modelo mais barato vendido no mercado brasileiro atualmente tem preço próximo a R$ 70 mil, valor que está ao alcance de poucos brasileiros. Nem mesmo financiado, já que as taxas de juros estão nas alturas. O resultado imediato foi a retração nas vendas, pois fica cada vez mais difícil comprar um carro novo.

Em fevereiro, a Volkswagen foi a primeira montadora a conceder férias coletivas para os funcionários de suas plantas de São Bernardo do Campo, São José dos Pinhais e Taubaté. Na época, a VW alegou que a suspensão da produção em suas fábricas fazia parte da estratégia de flexibilização nos processos produtivos devido ao fornecimento de componentes.

Em março, foi a vez da Hyundai, General Motors e Stellantis concederem férias coletivas em suas fábricas, mas além de alegarem problemas no fornecimento de componentes, acrescentaram que a queda na procura pelo carro novo fez com que a produção fosse repensada. Na prática, as montadoras se viram diante de pátios cheios com pouca procura por seus carros.

Boris Feldman explica que tal fato aconteceu porque, com a falta de semicondutores, muitas montadoras direcionaram a produção para modelos de maior valor agregado, mais caros, que geram maior margem de lucro. Os carros mais “baratos” tiveram a produção comprometida.

E junta-se a esse fato os preços cada vez mais elevados, já que mesmo os modelos mais baratos têm de trazer alguns componentes de segurança que encarecem a produção. Por outro lado, o trabalhador, em sua maioria, sem reajustes salariais e com perda no poder aquisitivo vê cada vez mais distante o sonho de comprar o carro novo.

Confira no vídeo a análise feita por Boris Feldman e Enio Greco e não deixe de curtir e se inscrever nos canais do VRUM no YouTube e Dailymotion. Fazendo isso, você será notificado dos novos conteúdos publicados pelo VRUM, com todas as novidades da indústria automotiva. Lembrando que o VRUM está também no Instagram, Facebook e Twitter, além do portal, www.vrum.com.br.

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