Uma das coleções mais exclusivas da história recente da McLaren está prestes a mudar de dono. Batizado de Last of Legends, o acervo formado por 20 superesportivos da marca britânica pertenceu ao empresário e ex-sócio da equipe de Fórmula 1, Mansour Ojjeh. E agora está sendo colocado à venda por meio do renomado leiloeiro britânico Tom Hartley Jnr.
Com modelos meticulosamente conservados e em condições praticamente de zero quilômetro, a coleção reúne exemplares de altíssimo prestígio. Todos os carros estão pintados em uma tonalidade exclusiva desenvolvida pela McLaren especialmente para Ojjeh: o “Mansour Orange”, nome dado em homenagem ao colecionador.
Um verdadeiro cofre sobre rodas
O grande destaque da coleção é uma McLaren F1, último exemplar produzido da lendária supermáquina dos anos 1990, com apenas 1.810 km rodados o modelo é considerado o ápice da engenharia automotiva analógica e, sozinho, pode alcançar valores superiores a US$ 20 milhões em leilões.
Além dela, fazem parte do acervo uma rara P1 GTR (versão de pista do híbrido P1), uma Speedtail, Senna GTR, Elva, Sabre e diversas edições limitadas Longtail (LT) e comemorativas de Le Mans. Todos os veículos foram configurados com os pacotes técnicos mais completos disponíveis na época de produção, e representam o último chassi de cada série.
Mansour Ojjeh foi uma figura central no crescimento da McLaren ao longo das décadas. Sócio do grupo TAG, ele patrocinou a equipe de Fórmula 1 nos anos 1980, foi responsável por viabilizar os motores TAG-Porsche e contribuiu diretamente para títulos de pilotos como Niki Lauda, Alain Prost e Ayrton Senna. Mais tarde, foi um dos investidores que ajudou a fundar a divisão McLaren Automotive.
Segundo o leiloeiro Tom Hartley Jnr, a coleção foi mantida em ambiente com temperatura controlada e sob cuidados técnicos diretos da McLaren. Trata-se de um acervo que jamais será reproduzido, não apenas pelo valor material, mas pela relevância histórica e simbólica.
Embora não haja preço oficial divulgado, estima-se que a coleção completa ultrapasse os US$ 70 milhões. A viúva de Ojjeh, que autorizou a venda, afirmou que busca um comprador que “entenda e respeite o valor emocional e técnico de cada carro”.
A venda será feita de forma privada, e os interessados deverão passar por um processo rigoroso de qualificação com o leiloeiro.
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